Segunda-feira, 19.10.09


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Sexta-feira, 15.05.09

Irrita-me solenemente a prepotência das estações de televisão para com os seus espectadores, pior ainda, quando vem de uma estação dita pública: a RTP
É certo que posso não perceber nada dos meandros televisivos, 'shares', alinhamentos e outros aspectos desse mister. O caso não é virgem: volta e meia a direcção de programas decide arrumar com a série 'Conta-me como foi' sem apelo nem agravo, que é como dizer, sem qualquer explicação. Talvez os repetitivos programas de cançonetas e/ou danças rendam mais para o tal 'share', talvez esses que decididamente nada ensinam sejam efectivamente o espelho do entusiasmo de aprendizagem que temos no povo, no caso, afinação de corda vocal ou foxtrot.
Depois destas, só o mesmo o discutível novo humor portuga.
Na ausência da tal explicação -à data, a página web da série, nada referia e estava desactualizada, excepto nos videos disponíveis que se ficaram pela penúltima semana de Abril- pedi explicações ao Provedor da RTP, este, não tardou a responder e aqui fica a informação recebida:

" Exm. Sr(a) Em nome do Provedor do Telespectador agradeço o e-mail que enviou. Foi tomada em devida conta pelo Provedor o conteúdo da sua mensagem. Junto enviamos o texto que se encontra na página do provedor (pareceres) em www.rtp.pt, a propósito deste assunto: «COMUNICAÇÃO AO DIRECTOR DE PROGRAMAS DA RTP

1. Não quero, nem devo, interferir na criatividade dos Autores, nem sequer nos critérios que definem a actuação da Direcção de Programas da RTP.

2. Assiste-me, porém, a responsabilidade de veicular junto dessa Direcção os protestos que recebi da parte de Telespectadores em relação ao mais recente programa «Os Contemporâneos».
3. Consideram esses Telespectadores que o episódio «A Vida badalhoca de Salazar» do referido programa contém «lamentáveis cenas pornográficas», «de sexo explícito simulado», reclamando para o programa, pelo menos, a indicação de bolinha «vermelha», tanto mais que este programa se seguia a um programa - «A Febre da Dança», com crianças e, pressupostamente, direccionado para auditórios infantis e juvenis.

4. Os protestos assumem ainda um maior volume de queixas pelo facto destes programas contribuírem para retirar da grelha o lugar até agora ocupado pela apreciada série «Conta-me como foi», no dizer destes telespectadores «inexplicavelmente», e sem qualquer aviso, suspenso.

5. Por outro lado, entendem ainda os Telespectadores que o programa «A Febre da Dança» enferma de ser interpretado por um «acto falhado» de contra-programação face aos programas em exibição pelos outros operadores privados, «Atreve-te a cantar» e «Uma canção para Ti», respectivamente na SIC e na TVI.

6. Retomo o sentido inicial desta minha nota. Ao contrário do que muitos Telespectadores pensam, e querem exigir, do Provedor uma acção censória e proibitiva, julgo dever assumir uma atitude de curial comportamento, no âmbito das competências que me estão reservadas, ao veicular junto da Direcção de Programas estas reacções dos Telespectadores.
7. Aliás, esta competência comporta ainda o meu outro dever de chamar a atenção do cuidado que a RTP, enquanto serviço público distribuído para todos os Telespectadores, deve ter para não ofender, na mais diversa pluralidade, os princípios e sentimentos dos seus públicos.

Lisboa, 5 de Maio de 2009
O Provedor do Telespectador
José Manuel Paquete de Oliveira»
Informa-se ainda que em Julho irá ser repetida esta última série após o que irão ser exibidos novos episódios.

Renovando os nossos agradecimentos pela sua colaboração

Com os melhores cumprimentos

P/ Chefe de Gabinete dos Provedores
"


Créditos: imagem RTP


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publicado por LMB às 11:51 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 18.03.09

Representa para mim aquilo que a Igreja, de facto, deveria ser.
A excelente peça 'Pão Amargo' da jornalista Teresa Botelheiro que há pouco passou na RTP1, teve intervenções sob a análise de D. Manuel Martins. O raciocínio lógico, a visão alargada e preocupada sobre a desgraça de muitos portugueses (os que se conhecem ou dão a conhecer) que formam efectivamente os novos pobres nesta nova e estranha sociedade, cheio de razão quando afirma que a Igreja tem de estar atenta e com papel activo naquilo que, infelizmente, se está a passar no nosso país, fazem dele aquilo que se gostaria de poder esperar de uma instituição com milhões de seguidores.
Mas a realidade é outra: o chefe máximo está em África mantendo firme a sua convicção sobre o maléfico preservativo na sua agenda.
Bispo resignatário -mas não resignado- de Setúbal, D. Manuel Martins, recebeu a rotulagem de 'Bispo vermelho' -não que isso lhe importasse conforme ele o disse por mais que uma vez- nos tempos difíceis de fome e tensão social em Setúbal vai para mais de vinte anos e lembro-me bem das suas intervenções na altura, com o espírito que sempre o caracterizou: dizer o que pensa sem receios de agradar mais a "A" do que a "B". Alinhavar justiça e solidariedade.
Na altura, o fecho sucessivo de fábricas da indústria conserveira e derivados aliado ao encerramento da fábrica da Renault, lançaram o desespero colectivo na península.
O pior, é que não se perspectiva algo de muito diferente hoje em dia.
Nem muitos 'Silva Martins'.
Apenas resignados.

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publicado por LMB às 22:16 | link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 17.03.09

Pessoalmente, considero a página web da RTP como a melhor das restantes estações televisivas. É óbvio que às outras duas lhes falta o acervo que esta detém, mas o certo é que também lhes falta um certo 'je ne sais quoi'.
O Museu virtual da RTP está muito bem elaborado e é o local certo para rever passagens da 'caixa mágica' e ouvir, desde os anos 20, trechos da Rádio que alguns ainda se lembrarão por certo.

Créditos: imagem RTP

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publicado por LMB às 17:49 | link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 10.07.08

Saudades desta animação na TV. Não só desta, mas de muitas outras -sobretudo Checas- que Vasco Granja trazia à RTP.

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publicado por LMB às 23:42 | link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 24.06.08

Fernanda Freitas, excelente jornalista da RTP, tem o condão de apresentar bons programas. Do "Sociedade Civil" até esta colectânea de vivências de empreendedores que dá pelo nome de "Mudar de Vida", arruma com o clássico chavão portuga do "é a crise". A "crise", a tal palavra de cinco letrinhas apenas, vem instalada na boca e mente dos portugueses quase desde o 'Estado Novo'. É a teoria do 'coitadinho' para quase tudo, alimentada em força pelos noticiários que nada mais trazem num dia que não tivessem já trazido no dia anterior: más notícias. Internacionais, nacionais, regionais ou de bairro, é a 'crise'.
Sempre me irritou e continuará a irritar, a tendência para apresentar em primeira linha tudo o que corre mal, em longos minutos de emissão, espremendo o sangue noticioso até à exaustão em prime time.
Sim, porque o que pode existir -e existe- como inovação, empreendorismo e vontade de não utilizar 'a crise' como desculpa para tudo e todas as tonterias, não passa em horário nobre: esse está reservado ao atrás descrito ou ao novo 'ópio do povo': as telenovelas em cascata.
No horário 'menos nobre' passa o 'Audax' ou passa este 'Mudar de Vida'.
Estórias de gente conhecida - Horácio Roque, Ibérico Nogueira, Vitor Sobral, Rui Veloso, Rosalina Machado e muitos outros/as- e de gente ainda não conhecida, mas que têm um fio condutor comum: mudaram de vida.
Aposto que poucos conhecerão o selo de certificação 'Português Claro', as almofadas de caroços de cereja (sim, caroços) ou como a Fátima Medina, outra profissional da televisão durante anos, trocou as cameras pela sinalética.
Amiga, Angela Gaehtgens, é uma delas: ex-quadro do grupo que detinha a marca de Cupertino em Portugal e, posteriormente, de uma outra multinacional, decidiu também ela orientar a agulha da vida num outro sentido e para o qual sempre se terá sentido à vontade.
Uma série de ideias de negócios/actividades/conceitos concretizados, com óptima qualidade de visualização e áudio na internet, conduzida por Fernanda Freitas, que, decididamente não embarca em apresentar desgraças. E ainda bem.

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publicado por LMB às 00:55 | link do post | comentar | favorito

Sábado, 27.10.07


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Segunda-feira, 11.06.07

Este é o título de uma excelente série que aos Domingos à noite passa na RTP1. Admirável o cuidado posto nos detalhes, tanto figurativo, como nos próprios actores, de forma a recriar a ambiência portuguesa dos anos 60, início da década de '70. Interpretações seguras de todos os grandes actores -e mesmo os mais jovens- permitem um agradável regresso a situações/eventos/posturas que, bem vistas as coisas, não estão assim tão longe, temporalmente falando.

A vida, antes de Abril '74, era necessariamente diferente. Aos 21 era-se finalmente 'maior de idade', mas dependia-se muito de 'autorizações' para isto ou para aquilo: as mulheres, por exemplo, dependiam da magnânima autorização do marido para a abertura de uma conta bancária, obter um passaporte ou sair do país.
A portuense loja "Porfírios", tinha a sua filial na baixa lisboeta, ali à R.da Vitória, e a moda 'pop' mais avançada tinha passagem obrigatória por ali e eu, claro, não fui excepção. Não muito longe, também a loja da Maçã (não, não é essa) da Ana Salazar fazia furor na Rua do Carmo.

Os 'fundamentalistas do tabaco' ainda não tinham sido inventados: fumava-se, algo exageradamente é certo, e à luz dos padrões actuais, em todo e qualquer sítio: do estúdio da televisão em directo, à repartição de qualquer bairro fiscal. O maço de tabaco em '74 (ou por aí perto) era coisa para custar 5$00. Mas também se andava de autocarro por doze tostões e menos de metade disso, custava a pastilha Pirata, que também servia para complemento de trocos à falta de centavos.

Na série televisiva, há uma clara referência, em determinadas cenas de um jovem par, àquilo que era quase uma palavra de ordem: a poupança. Amealhar, colocar de parte uns escudos para uma qualquer eventualidade. Algo que hoje em dia, decerto num esmagador número de pessoas, é algo inviável. E não será pelo facto de já não existirem Escudos.
Por outro lado, o fenómeno dos pagamentos em prestações, tomava forma e apelava tímidamente ao consumo.
Conta-me, então, como foi.

Créditos: imagem RTP


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