Yes, it's a good day for singin' a song, And it's a good day for movin' along; Yes, it's a good day, how could anything be wrong, A good day from mornin' till night.
Yes, it's a good day for shinin' your shoes, And it's a good day for losin' the blues; Ev'rything to gain and nothin' to lose, 'Cause it's a good day from mornin' till night.
De bata branca vincada lá ia eu a caminho das primeiras letras e dos números da coisa estranha que dava pelo nome de aritmética. Da primeira Escola -a do lado direito da imagem- creio que o resta de símbolo é o 'pau da bandeira'; hoje está transformada -aparentemente- numa casa de habitação. Era, de facto, uma Escola minúscula com carteiras individuais com tinteiros de loiça, as imagens do costume nas paredes e um -esse sim- enorme quadro preto. Cá fora, o 'recreio' seria hoje chumbado por qualquer entidade fiscalizadora: não tinha qualquer protecção e o muro era mesmo esse que se vê mas sem a elevação junto aos contentores, embora os automóveis passassem quase de hora a hora, mesmo sem eles, volta e meia havia um penso colado. Melhor que aquilo só mesmo a 'arrastadeira' Citroën, que na rua em frente, estacionada de cansaço, fazia as delícias da rapaziada ao melhor estilo do 'Conta-me como foi'. Na 2ª classe a coisa melhorou substancialmente e dá gosto ver como está hoje preservada -na imagem da esquerda- mantendo as cores que me recordo. Mudou tudo à volta dela naturalmente e até nela própria por certo: já não deverá haver a distinção da porta da esquerda para os meninos e a da direita para as meninas, claro, em intervalos de recreio separados... Ah! e os estores também já não são em palhinha e de enrolar.
Este ano, a indústria informática faz trinta e cinco anitos.
Em 1975, o número de computadores vendidos no planeta (ainda a necessitarem de refrigeração e discos tipo jante 17") não chegou a cinquenta mil. Este ano que agora terminou registou uma ligeira subida: duzentos e oitenta milhões. Caramba, o tempo voa! à velocidade de '1 giga' em qualquer 'lan rause'.
A papelaria, revistas & tabacos do Justino, era assim uma espécie de instituição para a compra-venda-troca de livros de banda desenhada de 'O Falcão', do 'Mundo de Aventuras', 'Zé Carioca' e muitos outros. O velho Justino comprava a cinco coroas (2$50) quatro livros de 'O Falcão' já lidos e relidos, mas para este preço era necessário estar em bom estado e serem os mais procurados, tipo 'Kallar', 'Hogan' e o sempre presente 'Major Alvega'. Por isso, para a garotada 'coleccionadora' este refúgio comprador, significava uns cobres no bolso. Não havia internet nem consolas, nem mp3 nem telemóvel; hoje parece incrível como se ocupava o tempo. Muitos destes pequenos livros de BD fizeram parte do período juvenil daqueles que agora, cronologicamente, já adquiriram o estatuto de 'meio-centenário' e onde me incluo. Pensava até que a velha papelaria já nem existisse, mas não. Ela aí está, ainda com o clássico símbolo dos CTT na parede (os telefones fixos também não eram assim tantos em meados de '60 e muitas destas casas 'de porta aberta' tinham também um telefone mais ou menos público a que juntavam os selos e postais) e no seu interior parece que nada mudou. Aliás, nem de mãos mudou, continuando o negócio familiar, literalmente tendo o trabalho debaixo da cama. Entrei onde já não entrava há quase quarenta anos, não para trocar livros, mas para comprar o jornal. Os interesses literários mudam, mas ainda gosto do 'Major Alvega'.
Foi uma onda de 'opera-rock' nos anos '70; umas mais conhecidas -e conseguidas- que outras: JCSuperstar (de longe, a melhor à época), Hair, Quadrophenia, Tommy entre mais algumas e não necessariamente por esta ordem. As duas últimas levaram o carimbo 'The Who' e garantiram sucesso à banda de Daltrey e Cia. Tanto 'Tommy' como 'Quadrophenia' continuam a ouvir-se bem hoje em dia, muito embora os temas associados às composições, esses, já tiveram o seu tempo. Hoje, a onda é outra. Para os mais novos que não sabem do que estou a falar, o melhor é ver esta dose dupla -curta- de videos extraídos de 'Tommy' e onde alguns outros já nem se lembravam que Jack Nicholson também deu o seu ar de graça nas cantorias.
Incomparável Nat King Cole (voz), Chaplin (na música) -feita para o último filme mudo produzido em Hollywood- e a dupla Turner/Parsons (no poema). 1936
Smile though your heart is aching; Smile even though it's breaking. When there are clouds in the sky, you'll get by. If you smile through your fear and sorrow, Smile and maybe tomorrow, You'll see the sun come shining through for you.
Light up your face with gladness, Hide every trace of sadness. Although a tear may be ever so near, That's the time you must keep on trying, Smile, what's the use of crying? You'll find that life is still worthwhile, If you just smile.
That's the time you must keep on trying, Smile, what's the use of crying? You'll find that life is still worthwhile If you just smile.
O melhor das 'stores' de informática-da-moda é terem colaboradores produtores de fino e 'fabulástico' azeite. A sério.
Um dos meus melhores trabalhos (ou emprego, como quiserem) foi precisamente ligado à ruralidade. Aliás, foi a única vez que tive o patrão em casa a negociar a minha entrada. Isto foi no século passado e eu tinha dezanove anos ou coisa por aí e as férias tinham começado. Ia substituir uma queijeira durante quase dois meses. Ouro sobre azul. O projecto de um engenheiro agrónomo simpatiquíssimo ia arrancar numa pequena quinta (já não existe e uma urbanização aberrante nasceu por lá) em Vila Nova de Caparica. E o que era? Aquilo que hoje é banal encontrar-se mas que em '79 era uma raridade: queijo pure chèvre. Cerca de duas centenas de cabras white saanen asseguravam a produção diária. Dois grandes clientes assumiam-se como escoadores: uma charcutaria fina num centro comercial de Alvalade e um restaurante de fama à Conde Valbom, davam conta de mais de metade. A produção era curta, mas exemplar. Aprendi rápido a fazê-lo, a medir a acidez do leite, a misturar científicamente o bolor laboratorial que lhe dá aquela capinha aveludada, a virar com 'dedos de dama' cada um deles nas esteiras de palha dentro da câmara de fresco (não frio) até maturarem. Daí à ordenha mecânica e à assistência aos partos das cabritas foi um ver-se-te-avias de polivalência (ou 'carreira em zigue-zague' como o Belmiro gosta de chamar) . Aprendi mais em sessenta dias que em muitos outros dias passados e futuros. Mas, enfim, tinha um corpo docente à espera não tardaria muito. Durante alguns anos ainda vi o selo nos queijos quando os de importação começaram a aparecer com mais frequência. Depois o contacto perdeu-se e devo dizer que tenho pena. E o que isto tem a ver com desenho de formulários para decorador ver? Nada. Justamente isto: n-a-d-a. Mas é a idiotice que estou a fazer agora numa aplicação igualmente idiota. Se comer queijo, talvez esqueça.