As mudanças de imagem corporativa são 'um mal necessário'. Por vezes, a alteração tem um efeito de agrado praticamente imediato junto dos colaboradores da empresa e do público em geral, outras, vai com o tempo. Criar um logótipo não é tarefa fácil, e, agradar ao cliente, isso, pode levar luas. Mais a mais se a empresa abrange variados formatos de negócio e se geograficamente não se limita ao quintal luso. A Sonae apresentou esta semana a sua nova identidade corporativa num trabalho desenvolvido pela Ivity Brand Corp. Uma reformulação de fundo em tudo quanto é comunicação da empresa, que, na minha opinião, resulta bem. Da Sonae, guardo essencialmente duas coisas: o prazer de ter trabalhado durante anos com gente altamente eficiente numa empresa que sempre me tratou bem, aliás: muito bem mesmo; e um relógio, este, já com dezoito ou vinte anos -e a trabalhar- com a imagem corporativa à época ou por aí perto. Improving life, portanto.
Ainda podia dar-se o caso de ser um pedacito de vinil que, teimoso, não tinha querido sair da mensagem, encimando o 'O' do sincronismo. Mas não: seria teimosia a mais, não querer sair do outro lado da viatura também. Assim fica 'sincrÓnizando' os dois lados.
Para vedetas ou anónimos. Seja para quem for: a ideia da cervejeira belga Vedett de rotular as suas garrafas -10 mil ou coisa assim- com foto de quem queira circular pelo balcão de algumas cervejarias, tem a sua piada. Assim haja tremoços.
Marketing é complexo. Olhado, muitas das vezes, como mero centro de custo por gestores pouco esclarecidos, esses, têm enraízado a ideia que quanto mais alto e mais vezes se fizerem ouvir, melhor será na obtenção de resultados. Mas, e se todos os outros fizerem exactamente o mesmo? O resultado será, seguramente, um grande ruído. Consumidores querem fazer-se ouvir, bem vistas as coisas. Faz-me reavivar o chamado discurso socrático:
-O que é mais torpe, pergunta Sócrates aos sofistas : Sofrer uma ofensa ou padecer uma ofensa ?
Os sofistas entreolharam-se e saíu a resposta : - É claro que o mais torpe é sofrer uma ofensa .
Sócrates, lança mão da sua maiêutica e afirma e conclui por a+b, que, mais torpe é sem dúvida alguma, fazer a ofensa. Estes dois videos que se seguem, a propósito do tema, são brilhantes:
Como se diria hoje em dia: anúncio muito 'clean'. Para mim, está simplesmente elegante. Tal como muito provavelmente seria o corte dos fatos e paletós do anunciante.
Estava-se em 1922. in revista 'Contemporânea', 1922
Giras e vaporosas. Mas com pouco mais de um palmo. É uma exposição de uma trintena de Barbie com vestidos de assinatura, nos corredores do 'Rio Sul Shopping.
Por vezes basta uma embalagem simples para mostrar um sofisticado conteúdo, como esta aqui em cima, em tempos idos. Uma voltinha pelo imenso e criativo mundo da embalagem, embalando aqui.
Em época de eleições, assim como de repente, muitos dos candidatos -uns mais conhecidos que outros- ficam amantizados com as respectivas cidades, vilas, freguesias et al. Uns têm no coração o seu ponto forte de comunicação com o povo, outros, realçam a dinâmica, o que-está-mal-vai-passar-a-estar-bem, a obra feita e ainda aquela que há-de vir. No fundo, a mensagem a passar é apenas uma e clássica: 'eu é que sou O presidente da junta'. Em Azeitão, a lona da candidata a uma das juntas de freguesia está de frente para um supermercado que tem há muito inscrito nas suas portas automáticas uma assinatura idêntica, embora neste caso consumista, referencie mais a posição geográfica que qualquer outra coisa. Coincidências curiosas, só isso.