Já há alguns anos que não visitava o convento e palácio de Mafra. Agarrei na minha rapaziada num destes últimos dias de chuva e ala até lá.
Deu gosto ver que a conservação do monumental edifício salta efectivamente aos olhos e que a colocação de um género de tela-foto '
contravision' em algumas janelas, evocando personagens da época -séc. XVIII- resulta muito bem, sobretudo porque, não sendo a cores, não há choque cromático para quem as observa do lado de fora.
Dos 40.000 volumes que a famosa biblioteca tem no seu acervo, 150 estão agora expostos -julgo que até Outubro- perto da sala de caça e constituem uma amostragem sobre
livros do oculto idem alguma parafernália, livros esses inscritos no
Index da Inquisição, mas curiosamente nunca retirados da biblioteca conventual.
Gente simpática -não guias, mas vigilantes como se anunciam- fazem o clássico tour conventual explicando sucintamente (mas bem; embora somente na língua lusa) as diversas salas e alas do monumento o que é sempre agradável, sobretudo para os mais novos antes que pensem que aquilo é algum condomínio de luxo. Bom, na realidade, não andariam muito longe da verdade, recuando no tempo.
Créditos: foto Nuno Maia Bento
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O material do molde é uma mistura da argila, de pelos de cabra e de estrume do cavalo. O estrume de cavalo aumenta a resistência da argila do molde ao calor. Os pelos de cabra: é usado como uma armação flexível e porosa. Sobre uma formação de tijolos à prova de fogo, unidos com uma mistura da argila, estrume de cavalo e do cabelo da cabra, barra-se a mesma com..."
Aposto que muito pouca gente saberá, de facto, como 'nasce' um sino. O excerto de texto colocado aqui no início deste
post, vem do excelente
site da Cousinha, casa que bem conheci em Almada há muitos anos atrás. Badalai até lá.
E depois, se tiver curiosidade,
veja aqui o gigantesco mecanismo do relógio do arco da Rua Augusta.