A ovação final, prolongada e de pé foi para Tony Bennett hoje na Macworld 2009. Steven Paul Jobs não apareceu nesta derradeira edição da Macworld, a batata-quente ficou para o 'good old Phil'. Na verdade, Steve, também não apareceu na primeira, em 1985. Não por motivos de saúde, mas por males de amor. Tina foi a 'responsável', o Union Square Hyatt Hotel fez o resto. Moscone Center, ficaria para mais tarde. John Sculley, CEO da Apple na altura, salvou a honra do convento -tal como Philip Schiller hoje- o mesmo já não se dirá do jantar de gala desse Janeiro distante oferecido pela Apple, onde John Warnock -fundador da Adobe- e Will Hearst, editor do San Francisco Examiner, não acharam muita piada a um Steve de jeans e t-shirt e uma namorada descalça, como companhia.
Há meia dúzia de anos ou coisa que o valha, em Paris, Steve também decidiu, em cima da hora, não aparecer numa Apple Expo. É recorrente, portanto. Típico de vedetas.
Fica-lhe mal. Mal, porque, se é a última presença institucional e, se os executivos acharam que a mensagem está agora mais que transmitida por via das suas múltiplas 'Apple Store' e dos seus 3,4 milhões de visitantes-passa-a-palavra por semana a nível mundial, então, seria simpático o carismático líder da companhia vir dizer isso mesmo e aproveitar para agradecer a lealdade de-não-sei-quantos-mas-muitos que ao longo de décadas acabaram por permitir estancar as aparições futuras em eventos marcantes como é o caso, em particular, da Macworld.
Pode -e será- um tipo genial, visionário e outros epítetos bonzinhos, mas é arrogante e nada simpático. Falo com conhecimento de causa e tenho pena. As melhoras, Steve.