Estrabão, filósofo grego e '
globe trotter', supostamente entre 64a.c. e 24d.c, é autor da extensa obra '
Geographia'. Nela, relata com precisão a morfologia das terras conhecidas à época, os povos, os usos e costumes e muita outra informação; tanta é que 17 grossos livros quase não chegam e admitindo que não se perderam outros, como outra obra sua: a História.
Sobre a Lusitânia -aqui em excerto- escreve ele:
'
Ao norte do Tejo estende-se a Lusitânia, a mais forte das nações ibéricas e a que durante mais tempo resistiu aos [...]A região é naturalmente rica em frutos e gados, assim como em ouro, prata e muitos outros metais, mas, apesar disso, a maior parte destas tribos renunciou a viver do trabalho da terra para se dedicar ao banditismo, em lutas constantes uns com os outros [...] e o país encheu-se de ladrões'
A conferir, livro 3,
por aqui.
História para quê? Presumivelmente será assim que pensa o
MC ao abdicar da compra regular mensal de 150 números para as bibliotecas, de acordo com uma notícia publicada no jornal 'Público' de hoje e dá conta da suspensão da revista e de uma
petição online.
Se a quebra nas assinaturas condiciona de igual modo a continuidade -de trinta anos- nas bancas e se apenas dez mil euros/ano podem permitir o seu regresso, pergunto-me onde estarão os mecenas da cultura?
Como se se tratasse de um
bundle do tipo
perda-dois-e-ganhe-nenhum, a revista Premiere, única especializada em cinema, publica também o
último número.
Outros, por exemplo, perdem receitas publicitárias na ordem dos $50K apenas por quatro letrinhas
escritas num editorial, e estou a falar de um jornal universitário, tão simplesmente.
Oxalá, por cá, não dêm lugar a mais umas publicações de cordel-cor-de-rosa, decalques perfeitos da ignorância e idiotice.