A notícia em si não aporta nada que não fosse previsível, mas o que eu gostei foi do termo usado por Daniel Tello: 'fanboism', a propósito da aceleração de encomendas no início, tipo velocidade excessiva em via rápida, na ordem das 250mil/hora e com redução depois para uma 3ª mal metida.
Há quem veja - moi-même incluído- potencial no novo produto apresentado pela Apple anteontem, outros há que não auguram nada de novo para o tal iPad, pelo menos, tal como está.
É um facto que a aposta da marca tem passado nos últimos anos pelo escalão de massivo 'consumo caseiro', relegando para segundo plano, o lado profissional, o que não é bom. A massa crítica já está criada, agora seria tempo de olhar para o lado menos 'entertainement'. Voltando aos cépticos do iPad: '...But Apple isn't just any company. When Apple sneezes, the entire consumer electronics industry not only catches a cold, it has to take a week off from work.' a continuar a ler aqui.
Quando a Apple aluga um espaçozinho com palco é porque afinal existe 'one more thing'. Se o tal gadget, teoricamente maior em quase duas vezes o tamanho do actual iPhone, chega no próximo mês com o nome 'iSlate' ou outro qualquer, logo se saberá. Que há lugar para ele, isso há certamente e o fabricante californiano estará seguramente ciente que se os seus amigos da Amazon, num único dia, vendem quase meio milhão de ebooks para a plataforma proprietária Kindle, então, o que serão as compras da populaça num âmbito mais alargado. Será concerteza o suficiente para colocar a companhia de Cupertino num valor de bolsa acima dos $200B.
Vale o que vale, o informativo sobre a hipotética entrada em produção da rumorizada 'apple tablet' ou qualquer outro nome que venha a ter. Onde há fumo, há quase sempre fogo isso é um dado adquirido. Por isso, tal como o iPhone que já tinha esse nome acertado muito antes de se pensar na data de saída, o próximo 'gadget' tem seguramente apelido definido e, nesta altura, será irreversível a sua entrada em cena. O mercado faz pressão, o fabricante tem interesse, a concorrência aguarda para copiar mais tarde. De momento, muitos dizem que 'não terá grande utilidade', que 'será demasiado encorpado', no entanto, quando existir, todos irão achar de imediato uma utilidade. E uma vantagem. Simplesmente porque será diferente. As usual.
Deve haver coisas bem mais perigosas para impedir manipulação. Mas enfim, no país onde o tamanho XL é algo tipo saca de batatas aberta ao meio e onde a maioria pinga gordura sem necessidade de recurso ao Xenical, a esterilizada Apple tem a ideia peregrina tecnicamente assistida por via legal.
Num mercado de setecentos milhões de potenciais utilizadores (bom, exclui-se os contrafeitos, pronto) nos primeiros quatro dias de venda ao estimado público chinês, apenas cinco mil optaram pelo gadget imperialista. Decepcionante ao que parece. Contudo, existirá uma razão à boa maneira de 'O Padrinho' -ou quase- para o 'balde de água-fria': umas missivas vindas aparentemente do operador concorrente avisando a rede comercial que 'é melhor não se meterem nisso'.
'One of the things that people say an awful lot about the Apple Mac is that the OS is fantastic, that it’s very graphical and easy to use. What we’ve tried to do with Windows 7 – whether it’s traditional format or in a touch format – is create a Mac look and feel in terms of graphics.'
Aviso de Ron Jonhson: « L’Europe est la région du monde, en dehors des Etats-Unis, où Apple se développe le plus vite. Alors que nous renforçons notre présence en France, nous nous attendons à accroître notre part de marché encore plus vite »
Para esta, que hoje já factura na subterrânea galeria comercial do Louvre, conta com uma equipa de 150 colaboradores distribuídos por 750m2 em dois pisos. Interessante contraste este com a lusa realidade. Falta-nos 'um bocadinho assim' e não é só em dimensão.Apre!