Andei 'com a casa às costas' (neste caso, entenda-se, mochila) por muitos e variados locais, nos idos de 70. Muito comboio, muito autocarro, muita boleia, muito pézinho na estrada. Chegado a qualquer parque de campismo ('civilizado' ou por 'civilizar') lá via as clássicas '
Pluma' estacionarem enquanto eu enterrava uma espia da minha transportável tenda verdinha, e, depois de tantos quilómetros andados, acho que olhava para aquelas caravanas com um niquinho de inveja.
As '
motorhome' chegariam um pouco mais tarde e todas elas internacionais, afiando ainda mais o pecado da inveja.
Acabei por nunca ter nenhuma, o que não significa que não venha a ter e a fazer parte do 'clube dos reformados' que fazem da vida uma excursão eterna, o que é óptimo.
A
Winnebago LeSharo foi das primeiras autocaravanas que me prenderam o olhar na altura, ou eram francesas ou inglesas. Eram castiças e não dependiam de um Ford Taunus para a rebocarem. Só as via nessa altura, em que o Verão era quente como de costume e o interior da australiana Winnebago era fresquinho como nenhuma outra.
Hoje reparei numa que está para venda, como clássico já de mais de vinte anos, algures numa estrada nacional e tanto quanto sei, existirão apenas duas
Winnebago LeSharo no país e se uma está ali à venda a outra andará algures por aí, suponho.
Depois de ver uma reportagem na televisão onde, num hotel algarvio de luxo, um (1) cálice do apelidado
vodka Faberge, é coisa para custar trezentos e cinquenta euros, só me apetece mesmo é acampar de novo.