Brincadeira de crianças este alvoroço em torno do tal mercado '
sub prime'.
D.João VI em 1821 tem uma ideia: '
bora criar um banco. O Banco de Lisboa. A primeira notinha deste banco com características comerciais e emissoras, feita com papel da fábrica de Alenquer (oh... tantas vezes que passei por ela, já decrépita) via então o bolso do portuga por essa altura. Não de todos, como convém, sempre que há coisa nova, mas de alguns.
A concorrência d
a época não dormia também: 14 anitos bastaram para que o monopólio acabasse logo por ali.
Lisboa zero, Porto 1. BCP (não, não é esse) também conhecido como Banco Comercial do Porto tem uma ideia: 'bora dar cabo dos morcões dos mouros.
'Bora! Dizem em coro os futuros Bancos emissores do norte: Banco Aliança, Banco Comercial de Braga, Banco União do Porto e Banco do Minho.
Tantos emissores criam naturalmente uma gestão complexa e invulgar no circuito financeiro português -ou em qualquer outro- que nem o melhor
Alan Greenspan conseguiria gerir em tempo e ao tempo.
Quando o Banco de Portugal surge no mercado, após fusão do Banco de Lisboa e da Companhia Confiança Nacional, em 1846, é mais do mesmo: não tem também ele o monopólio da emissão das notas. Isso só vem a acontecer muito depois num terreno preparado anos antes pelo aparecimento do BNU, Banco Nacional Ultramarino, esse sim com circuito de emissão específico para as colónias e, no fundo, responsável pela harmonização do sistema.
O
Escudo também esteve para se chamar
Luso (ou
Luzo) mas escapou apenas com umas chapas impressa de
beta tester.
Anos mais tarde, também as Câmaras Municipais emitiam 'cédulas' com valor facial que substituiam o dinheiro, como essas da foto aqui ao lado da C.M.Setúbal.
D.João VI não percebia de mercados '
sub prime', mas teve uma ideia do caneco ao criar esse velho e
pobre amigo de todos nós que é o
Banco.
Jonas: a malta perdoa-te. Tu não sabias o que fazias.
Créditos: foto C.M.S