Este aqui em
cima, algures na fronteira com o Zimbabwe, e ainda outros caricatos q.b. em vários locais deste mundinho, como este aqui ao lado, na Florida, no slide show do '
The Telegraph'.
Créditos: imagem telegraph.co.uk
Na opinião do gestor público da TAP, as 'greves são coisa do século passado'. Na realidade, até o são com mais um século recuado. Disso mesmo e das 'artimanhas' do patronato vs. 'artimanhas' do operariado, disso, deu conta Eça de Queiróz no artigo 'Uma campanha alegre' escrito em Novembro de 1871:
'Novembro 1871.
Este mês a opinião preocupou-se com o que se chamou a greve de Oeiras. Parecia realmente indecoroso que Lisboa, já civilizada, com teatro lírico e outros regalos de capital eminente, não tivesse esse chique social – a greve! Oeiras, com uma dedicação amável, forneceu-lhe esta elegância. Oeiras deu a greve.
Alguns estadistas puderam ter ocasião de comentar a nossa última greve, e de falar no terrível proletariado. Somente esta greve de Oeiras apresenta uma novidade excêntrica.
O fabricante diz: – Eu dou a esses operários indignos, que abandonaram a minha fábrica e se puseram em greve, 4$000 réis por semana. Vinde!
E os operários respondem: – Não, não, isso não! Só voltamos ao trabalho se nos garantirem por semana 3$600! Confessem que é para empalidecer de confusão. Não se protesta aqui contra a avareza do fabricante, protesta-se contra a sua generosidade: o operário resiste a ganhar: só trabalha se lhe diminuírem o salário: tem avidez de sacrifício, e deseja antes de tudo sofrer fome! Que mistério é este?' [...]
As atitudes de alguns gestores são também coisa do '
século passado' e de outros ainda para trás: raramente mudam na sua essência. Mas, felizmente, existem excepções. Entende-se que os mapinhas na linha
EBITDA devam ter uns númerozinhos interessantes de qualquer cor desde que não seja vermelho, mas isso é sempre aquela parte difícil quando se tem um 'monstro sugador' com 'gordura acumulada' quem nem
Xenical consegue dar conta, o que não significa que se ultrapasse direitos consagrados em Constituição. Hostilizar -seja de que parte for da barricada- é que é um problema acrescido e gratuito e onde o jogo de cintura pode não ser eficaz nem suficiente.