Vem isto a propósito do '
Storik' trazer para as papilas gustativas dos lisboetas as magníficas
tarte flambée ou
flammekueche como são conhecidas na Alsácia. Andam, de facto, perto das tradicionais (e mais internacionais)
pizzas, mas não são exactamente a mesma coisa e, se bem que a diferença não estará tanto na massa, ela reside logo no ingrediente base: ausência da tomatada. O meu amigo
David, um luso-suiço, com uma mão de mestre para a arte destas rodelas gigantes de massa, há muito que faz as suas
pizzas -as melhores que alguma vez já comi- num conceito luso muito próximo da
tarte flambée -e para quem quiser a base de '
pomodoro' desaparece- em forno de lenha e sobre rodas. Claro que lhe chama
pizza, porque se lhe desse o nome de
flammekueche, era capaz de ser um bocadinho mais difícil convencer a clientela que era coisa para o estômago.
Eu não sei quem é o designer destes balcões muito 'avant-garde', mas eu que não sou propriamente um 'rodas baixas' tenho alguma dificuldade em chegar ao pires da bica e, já agora, à chávena também. Imagino, por isso, as acrescidas dificuldades dos 'Vitorinos', 'Linos', 'Moutinhos' et al deste planeta.
Nem em bicos de pés.
E há tantos que se colocam assim e não chegam a lado nenhum, quanto mais a um balcão deste tipo.