Sábado, 20 de Março de 2010
O 'júnior' da família de software de gestão para Mac da Hansa
Sexta-feira, 19 de Março de 2010
A iniciativa de
limpar Portugal num dia é, sem margem para qualquer dúvida, excelente. Penso, se a memória não me atraiçoa, que terá sido na Estónia onde a iniciativa mobilizou um sem fim de gente acabando num saldo positivo onde mais de 80% das florestas do país ficaram num brinquinho. Por cá, o muito que se consiga limpar nunca será o suficiente para libertar as florestas, bosques ou qualquer espaço verde pouco maior que um quintal da praga que é a imbecilidade de alguns, porque no dia seguinte -se não no mesmo- alguma carcaça de televisor, colchão ou saco de lixo aí estará, porque na mente imunda '
alguém há-de limpar'.
Nenhum parque natural escapa: o da Arrábida é disso um imundo exemplo. A começar nas praias e a acabar no topo da serra de S.Luís. Setúbal é uma cidade porca, com todas as letras.
Lisboa, não lhe fica atrás, embora não sirva de consolo. As autarquias gemem porque não têm dinheirito, mas gemem sempre; alegram-se em idiota expansão imobiliária no típico vale-tudo. Dizem não ter verbas, mas nada fazem para que as coimas que apregoam sejam efectivas. As cidades são feitas de gente e estas fazem as cidades. Pescadinha de rabo na boca.
Portugal e alguns portugueses precisariam de facto de uma grande, enorme limpeza de primavera. Sobretudo mental. O que gostamos mesmo é de escarreta no chão.
Quinta-feira, 18 de Março de 2010
Quarta-feira, 17 de Março de 2010
A notícia em si não aporta nada que não fosse previsível, mas o que eu gostei foi do termo usado por Daniel Tello:
'fanboism', a propósito da aceleração de encomendas no início, tipo velocidade excessiva em via rápida, na ordem das 250mil/hora e com redução depois para uma 3ª mal metida.
Créditos: imagem brainstormtech.blogs.fortune.cnn.com
Domingo, 14 de Março de 2010
O que é sempre um conforto, tendo em vista o post anterior.
Créditos: imagem scotese.com
'O ministro das Finanças anunciou hoje a possibilidade de o PEC cortar nos subsídios de desemprego com o objectivo de estimular o regresso à vida activa.' diz na TSF.
Mas qual vida activa se a vida está e continua inactiva para mais de meio milhão (os que constam na estatística, fora os outros) ? E que 'proactividade' será essa a que o ministro se refere? Acaso haverá quinhentos mil indolentes, acomodados à situação e alegres por dependerem de uma 'mesada' a prazo? Certamente que não. Simplesmente não existem alternativas suficientes neste pedaço de mercado, por muito que um tipo seja 'proactivo'. Vamos então importar o modelo americano, na base do 'tudo o que vem da américa é bom'? Viu-se. Provavelmente iremos, antes, assitir a uma onda de emigração, do tipo de há três/quatro décadas. Para onde, será o problema adicional. Um tipo com quarenta/cinquenta anos não é 'proactivo'? É. E reactivo também. E também tem memória; memória para se lembrar que por menos, em vários pontos deste mundo, já se fizeram revoluções. E não foram de flores.
A azia é geral, o desencanto é universal. É o risco.
De pouco serve parafrasear Edwards Deming: 'todos os modelos estão errados, alguns são úteis.', porque, na verdade, já lá não vamos com 'modelagem'.
Créditos: imagem tsf.pt
Sexta-feira, 12 de Março de 2010
Por vezes, esta malta de Cupertino, acha-se numa arrogância a roçar o cretino:
[...] Apple, with $200 billion in the bank, was suing the DOPi’s maker, a Sydney-based company which made $71,000 in 2007.[...]
a
ler aqui o resto da estória.
Quinta-feira, 11 de Março de 2010
Admirável trabalho este da base de dados de Portugal contemporâneo:
Pordata
Quarta-feira, 10 de Março de 2010
Créditos: imagem telegraph.co.uk
Este aqui em
cima, algures na fronteira com o Zimbabwe, e ainda outros caricatos q.b. em vários locais deste mundinho, como este aqui ao lado, na Florida, no slide show do '
The Telegraph'.
Créditos: imagem telegraph.co.uk
Na opinião do gestor público da TAP, as 'greves são coisa do século passado'. Na realidade, até o são com mais um século recuado. Disso mesmo e das 'artimanhas' do patronato vs. 'artimanhas' do operariado, disso, deu conta Eça de Queiróz no artigo 'Uma campanha alegre' escrito em Novembro de 1871:
'Novembro 1871.
Este mês a opinião preocupou-se com o que se chamou a greve de Oeiras. Parecia realmente indecoroso que Lisboa, já civilizada, com teatro lírico e outros regalos de capital eminente, não tivesse esse chique social – a greve! Oeiras, com uma dedicação amável, forneceu-lhe esta elegância. Oeiras deu a greve.
Alguns estadistas puderam ter ocasião de comentar a nossa última greve, e de falar no terrível proletariado. Somente esta greve de Oeiras apresenta uma novidade excêntrica.
O fabricante diz: – Eu dou a esses operários indignos, que abandonaram a minha fábrica e se puseram em greve, 4$000 réis por semana. Vinde!
E os operários respondem: – Não, não, isso não! Só voltamos ao trabalho se nos garantirem por semana 3$600! Confessem que é para empalidecer de confusão. Não se protesta aqui contra a avareza do fabricante, protesta-se contra a sua generosidade: o operário resiste a ganhar: só trabalha se lhe diminuírem o salário: tem avidez de sacrifício, e deseja antes de tudo sofrer fome! Que mistério é este?' [...]
As atitudes de alguns gestores são também coisa do '
século passado' e de outros ainda para trás: raramente mudam na sua essência. Mas, felizmente, existem excepções. Entende-se que os mapinhas na linha
EBITDA devam ter uns númerozinhos interessantes de qualquer cor desde que não seja vermelho, mas isso é sempre aquela parte difícil quando se tem um 'monstro sugador' com 'gordura acumulada' quem nem
Xenical consegue dar conta, o que não significa que se ultrapasse direitos consagrados em Constituição. Hostilizar -seja de que parte for da barricada- é que é um problema acrescido e gratuito e onde o jogo de cintura pode não ser eficaz nem suficiente.