Não. Não é esta montagem aqui em cima, embora para uma introdução hilariante também sirva e bem. A entrevista dada à revista 'Visão' é um 'cadinho' mais séria. Mas também tem uns remates capazes de esgaçar sorrisos, tal como: "Para se ter uma sociedade coesa, os trabalhadores têm de ser bem tratados, não se podem explorar". ou "Os salários são baixos. O pessoal do meio é que ganha de mais. Têm de ser aumentados o último piso e o rés-do-chão".
Há quem veja - moi-même incluído- potencial no novo produto apresentado pela Apple anteontem, outros há que não auguram nada de novo para o tal iPad, pelo menos, tal como está.
É um facto que a aposta da marca tem passado nos últimos anos pelo escalão de massivo 'consumo caseiro', relegando para segundo plano, o lado profissional, o que não é bom. A massa crítica já está criada, agora seria tempo de olhar para o lado menos 'entertainement'. Voltando aos cépticos do iPad: '...But Apple isn't just any company. When Apple sneezes, the entire consumer electronics industry not only catches a cold, it has to take a week off from work.' a continuar a ler aqui.
Mas não vêm para ver asFallas -isso fica para depois- mas sim para se instalarem num belo edifício com história bem no centro da terceira maior cidade de Espanha: Valência. Será a primeira Apple Store da península ibérica até porque estamos todos muito diferentes daquilo que Estrabão escreveu, faz umas luas largas. Não será, portanto, de admirar que, por exemplo Coimbra ou Braga seja um local de próxima eleição, até porque 'beta-testers', esses, já por cá existem.
Tem 13 anos, é uma rapariga saudita e o 'crime' dela passou por levar um telemóvel para a escola e na complicação decorrente disso. Como castigo, uma 'pena leve': noventa chicotadas e dois meses de prisão. Nem Cristo levou tantas -creio que ficou pelas 39-, mas se há dois mil anos, isso seria uma práctica comum a par de outras igualmente ignóbeis, no século XXI, na Arábia Saudita, o tempo terá parado porque não abdicam nem desta nem de outras semelhantes no seu estranho conceito de 'justiça', pior ainda quando de mulheres se trata. E, tal como diz Jack Cafferti 'enquanto fornecerem petróleo, olhamos todos para o lado'. Até um dia.
Estrabão, filósofo grego e 'globe trotter', supostamente entre 64a.c. e 24d.c, é autor da extensa obra 'Geographia'. Nela, relata com precisão a morfologia das terras conhecidas à época, os povos, os usos e costumes e muita outra informação; tanta é que 17 grossos livros quase não chegam e admitindo que não se perderam outros, como outra obra sua: a História. Sobre a Lusitânia -aqui em excerto- escreve ele: 'Ao norte do Tejo estende-se a Lusitânia, a mais forte das nações ibéricas e a que durante mais tempo resistiu aos [...]A região é naturalmente rica em frutos e gados, assim como em ouro, prata e muitos outros metais, mas, apesar disso, a maior parte destas tribos renunciou a viver do trabalho da terra para se dedicar ao banditismo, em lutas constantes uns com os outros [...] e o país encheu-se de ladrões' A conferir, livro 3, por aqui.
Realizado por estreantes no mundo do 'grande ecran', mas com rodagem mais que suficiente no mundo dos spots publicitários, resultou no filme de humor-negro mais divertido e bem estruturado que vi nos últimos meses. E -guess what?- passou na SIC. O Santos deve ter tido mesada reforçada para alugar um dvd que não tenha repetido já 333 vezes.
São os analistas que o dizem, essas feras dos números muito certinhos, das previsões infalíveis, das projecções que cruzam a-com-b-com-c, onde nada aparentemente falha, porque, a bem dizer não são merceeiros. Merceeiro sou eu.
A Piper Jeffrey reviu em alta a sua projecção de unidades Mac para este trimestre: de 2.9 corrigiu a célula no Excel para 3.1 milhões. A Merrill Lynch vai um bocadinho mais longe, partindo também da mesma base primária e alterando para 3.2 milhões. O Credit Suisse partiu de 3.02 e altera para 3.28 milhões. E ainda a optimista Morgan Keegan que partiu de 2.88, pegou na borrachinha do lápis afiado, apagou, e colocou agora 3.12 milhões. Numa coisa estão todos de acordo: é mesmo 'ferro' (hardware) e não os gadgets que vão brilhar neste ano de luxo para a marca. À boca de cena do evento da próxima, todos fazem bem em produzir correcções; o mercado gosta disto. Mas como merceeiro conservador, prognósticos só depois do jogo.
Este ano, a indústria informática faz trinta e cinco anitos.
Em 1975, o número de computadores vendidos no planeta (ainda a necessitarem de refrigeração e discos tipo jante 17") não chegou a cinquenta mil. Este ano que agora terminou registou uma ligeira subida: duzentos e oitenta milhões. Caramba, o tempo voa! à velocidade de '1 giga' em qualquer 'lan rause'.