Quando a Apple aluga um espaçozinho com palco é porque afinal existe 'one more thing'. Se o tal gadget, teoricamente maior em quase duas vezes o tamanho do actual iPhone, chega no próximo mês com o nome 'iSlate' ou outro qualquer, logo se saberá. Que há lugar para ele, isso há certamente e o fabricante californiano estará seguramente ciente que se os seus amigos da Amazon, num único dia, vendem quase meio milhão de ebooks para a plataforma proprietária Kindle, então, o que serão as compras da populaça num âmbito mais alargado. Será concerteza o suficiente para colocar a companhia de Cupertino num valor de bolsa acima dos $200B.
Graças ao Gregório -o Papa- lá vamos chegar ao fim de mais um ano. Certinhos e alinhados como o calendário gregoriano preconizou no já distante ano de 1582. Arrumado -pensava ele, o Gregório- o calendário juliano, o resto do mundo mais ou menos cristão iria afinar pelo mesmo diapasão: azar. Azar definido logo pelo número treze (XIII) do próprio Gregório; para começar apenas os suspeitos do costume alinharam nesse mesmo ano: Itália, Polónia, Portugal e Espanha. O mês de Outubro levaria então uma ripada de dez dias para acerto. Seguir-se-ia ajustes por século: 1600 manteve os dez, 1700 iria para onze, 1800 para os doze, 1900 para os treze. Nações ortodoxas só pensariam no assunto no início do século XX (Grécia em 1924 e Turquia em 1927). Mas como em tudo na vida, há sempre alguns que se destacam. É o caso dos suecos. Os suecos adoptaram o calendário gregoriano em 1753, mas com uma nuance: decidiram fazer uma mudança gradual do juliano para o novo gregoriano retirando cada ano bisexto entre 1700 e 1740, os onze dias a mais seriam omitidos e então, a prtir de 1 de Março de 1740, os suecos estariam então sincronizados com o calendário gregoriano. Uma vez mais o azar ditou que, assim, não estariam sincronizados com ninguém. 1700 que, no calendário juliano seria bisexto, não o foi na Suécia; no entanto, por azar de novo ou engano puro, os anos de 1704 e 1708 tornaram-se bisextos deixando a Suécia completamente desincronizada, desta vez com os dois calendários e o resto do mundo que os utilizava. Decidiram então retornar ao calendário juliano, mas de novo, com uma outra nuance muito muito particular: adicionar 1 dia extra ao ano de 1712. O resultado fez com que esse ano fosse duplamente bisexto, onde Fevereiro teve trinta dias, mas unicamente na Suécia. Finalmente em 1753, a Suécia lá conseguiu adoptar o calendário gregoriano e deixar cair onze dias como toda a restante gente que o tinha adoptado. Sem mais invenções.
Deverá ser, por estas nuances, que uma empresa sueca minha conhecida lança produtos novos para o mercado, a três dias do final do ano, esquecendo-se de anunciar os seus preços. Muito provavelmente deverão estar a contar que Dezembro tenha 45 dias. Sei lá.
Foi uma onda de 'opera-rock' nos anos '70; umas mais conhecidas -e conseguidas- que outras: JCSuperstar (de longe, a melhor à época), Hair, Quadrophenia, Tommy entre mais algumas e não necessariamente por esta ordem. As duas últimas levaram o carimbo 'The Who' e garantiram sucesso à banda de Daltrey e Cia. Tanto 'Tommy' como 'Quadrophenia' continuam a ouvir-se bem hoje em dia, muito embora os temas associados às composições, esses, já tiveram o seu tempo. Hoje, a onda é outra. Para os mais novos que não sabem do que estou a falar, o melhor é ver esta dose dupla -curta- de videos extraídos de 'Tommy' e onde alguns outros já nem se lembravam que Jack Nicholson também deu o seu ar de graça nas cantorias.
Se não se soubesse que um trenó triangular não dará muito jeito para conduzir, poder-se-ia pensar que alguma rena encabrestada tivesse feito questão de pairar sobre o Kremlin só para a fotografia. Forma piramidal gigante e um 'vortex' de nuvensestranhas fizeram as delícias dos moscovitas nestas últimas semanas. Andará alguém aí -ali- ou é só mesmo a 'massa de ar do ártico, mais o lusco fusco do entardecer' -segundo a meteorologia local- que fez este 'piqueno' capricho?
O che bel stare è stare in Paradiso Dove si vive sempre in fest'e riso Vedendosi di Dio svelato il viso O che bel stare è star in Paradiso.
Ohimè che orribil star qui nell'inferno Ove si vive in pianto e foco eterno Senza veder mai Dio in sempiterno Ahi, ahi, che orribil star giù nell'inferno.
Là non vi regna giel, vento, calore, Che il tempo è temperato a tutte l'hore Pioggia non v'è, tempesta, nè baleno, Che il Ciel là sempre si vede sereno.
Il fuoco e 'l ghiaccio là, o che stupore Le brine, le tempeste, e il sommo ardore Stanno in un loco tute l'intemperie Si radunan laggiù, o che miserie.
Havrai insomma là quanto vorrai E quanto non vorrai non haverai E questo è quanto, o Musa, posso dire Però fa pausa il canto e fin l'ardire.
Quel ch'aborrisce qua, là tutto havrai Quel te diletta e piace mai havrai E pieno d'ogni male tu sarai Dispera tu d'uscirne mai, mai, mai!
Em época de 'despertar súbito de solidariedade', os desempregados são assim uma espécie de tipos com peste negra: ninguém pega neles. The Washington Post publica hoje um género de diário de vários desocupados que acabei de ler, via info de JMF, ex-Director do jornal 'Público'. Lá, como cá, a única certeza é que a depressão é garantida. Ah! se eu mandasse, bem te diria onde podias enfiar o 'novo aeroporto avec le train à grande vitesse'...