Defendida inúmeras vezes pelo Arq. Gonçalo Ribeiro Telles a horta urbana, hoje mais que nunca, deveria ter por parte das autarquias a devida e muito especial atenção. Tita Balsemão encabeça um projecto de acção social repleto de mérito. Só não é replicado por outros, se esses outros com músculo financeiro o não quiserem ou, na pior das hipóteses, o não consigam compreender.
Longe vão os tempos em que era preciso estar fisicamente no local para se fazer uma apresentação. Longe também, mas não tão longe verdade seja dita, onde o arrasto e tremideira da imagem e soluços no audio, deitavam por terra a melhor das intenções para uma qualquer acção efectuada remotamente. Acabei de participar numa cristalina apresentação bem extensa do ERP HWEnterprise a partir de Lisboa para S.Paulo com um nó ainda aqui para Azeitão. Valeu, galera! Já podem ir à choperia, que a gente deixa.
O meu 'processo de internacionalização' começou cedo: tive uma companhia austríaca durante algum tempo; ela acabou por passar grande parte do Verão de '79 neste país, repetente do ano anterior, mas dessa nova vez, acabámos por fazer uma volta alargada a este luso quintal pelo centro e norte, já que o sul tinha ficado explorado um ano antes. O comboio foi escolha óbvia para altura, de avião só mesmo entre Viena e Lisboa.
R. gostava de acompanhar quase todas as refeições -já lá chegamos- com café com leite. Uma ocasião, numa cervejaria na Figueira da Foz, fez-me passar por um momento nada convencional ao pedir um galão escuro para acompanhar uns camarões. 'a senhora vai mesmo querer um galão?' -perguntava-me o empregado de mesa incrédulo 'isso até é capaz de lhe cair mal' insistia ele, agora directamente para ela num 'portunhol' clássico, acabando eu por traduzir mas sem a demover. Não foi um, mas acabaram por ser dois. Mesas ao lado corroboraram a opinião do empregado 'olhe que isso vai fazer-lhe mal'. Pois sim, abelha. Mas não fez. Multibanco na época era coisa que não existia, por isso, viajava-se com dinheiro vivo e uns travelers cheques (dela) para uma troca onde fosse possível, por outro lado, havia nos CTT uma espécie de 'banco postal' onde com uma caderneta se podia levantar dinheiro, previamente depositado: levantava-se 500 ou 1.000 Escudos (ou muito menos), o levantamento era anotado à mão idem o novo saldo e um carimbo dos CTT fazia fé do acto. Na altura isto era recorrente para mim, porque em muitas zonas não havia agência bancária do BESCL (hoje apenas BES) mas Correios havia quase sempre, portanto era uma alternativa segura dentro do horário da estações e de segunda a sexta feira, claro está. Fim de semana tinha, portanto, de ser resguardado com tempo. Se tudo correu bem no 'tour' pelo litoral, a coisa complicou-se quando nos embrenhámos pelo interior: apanhados sem o saber num turbilhão de greves que envolvia a banca, correios e transportes (e não me recordo se mais algum sector) fez-nos estacionar no Fundão no parque de campismo local, por muito mais tempo que inicialmente previsto. Pior ainda: comidinha estava esgotada, os travelers cheques já não existiam e o graveto nacional dava apenas para umas carcaças sem grande conduto. Subsistia uma única nota gorda de Xelins austríacos, que para ser cambiada num restaurante que a aceitasse, iríamos sair a perder e bem. Serviu essa nota de caução na recepção do parque de campismo por troca de umas conservas (leite também, naturalmente) e um telefonema internacional. De Graz, na Áustria, veio a salvação dias depois, num serviço da Marconi para a estação de correios do Fundão. O instantâneo fotográfico aqui deste post, apanhou-me carregado de compras no supermercado local, na avenida principal do Fundão, depois de uma semana inteira a pão e caroços de azeitona. Faltava ainda a CP funcionar. Mas isso é outra estória.
"a minha única experiência com a 'agricultura' foi plantar umas alfaces num canteiro de varanda. Nasceram umas 'ervas' que tirei, mas afinal eram as alfaces"- dizia-me ela, divertida, na sequência de conversa breve derivada precisamente para o tema agrícola. Pois, a minha relação com 'plantações' fica-se praticamente pelo mesmo cenário, com a diferença que o manjericão está ali robusto e em rápido crescimento. A imagem lá de cima é um troço do Azeitão rural bem próximo aqui de casa, que pergunto a mim mesmo quanto tempo ainda resistirá até que alguém do cimento pense que o melhor será arrancar estas 'ervas daninhas'.
Ainda hoje ouvia o clássico mito: 'mas há compatibilidade no Mac com os PC's?' O que significa que a mensagem custa a passar da imensa minoria para a razoável maioria.
"I have a confession: I'm a switcher. My long journey with Windows which began even before Windows with MS-DOS, ended with Windows Vista. While so many others navigated the Vista debacle by sticking with Windows XP, I gave Vista a try -- and gave up. I leapt to the Mac OS."[...]
'born to be wild' mas só durante as férias. O que sabia sempre a pouco. Esta é um pouco mais antiga que a do post anterior (a revolução tinha apenas cinco anos) e lembro-me relativamente bem desta ocasião em que a foto foi tirada durante uma tremenda saraivada em pleno Agosto e em Lagos. Valeu esta tenda holandesa tipo T3 de refúgio durante a tormenta já que a minha optou por boiar e a de reforço, seca, estava ainda a trezentos quilómetros dali. Da esquerda para a direita, moi-même, o Rodrigo e o Filipe.
Tudo bons rapazes & boas raparigas. Terei sido eu o fotógrafo de serviço, em vésperas de ano novo -ou já nele- algures no início da década de '80, numa quinta -pioneira do turismo rural gerida na altura por um professor com visão empresarial- nos contrafortes da serra de Mira d'Aire. Chegou-me hoje de surpresa, um conjunto de fotos que não fazia sequer ideia que existissem e que afinal têm estado em boas mãos e por lá irão ficar. Obviamente, este é o tipo de post que apenas aos intervenientes pode interessar e é esse o objectivo: en passant, verificam também as maravilhas do formol.
No fundo é ânsia; depois apelida-se de 'força maior'. Ânsia de facturar por um lado, ânsia de consumidor por outro. Um e outro podem, obviamente, funcionar, desde que estejam reunidas as condições. Esta nova superfície comercial dita de 'discount' instalou-se e abriu portas na zona de Azeitão há pouco menos de uma semana, ainda sem estar pronta. Claro que facturou de imediato e, por isso, talvez não custe tanto agora a inactividade forçada por razões óbvias. Há dez anos, na zona, existia apenas um supermercado; hoje coexistem oito pelo menos, sendo que a distância entre quatro deles não é superior a cem metros. Concentrado de supermercados, portanto.
Em praticamente trinta anos de actividade profissional já não me devia surpreender com algumas coisas deste nosso tecido empresarial, que por sua vez, é, em alguns casos, igualmente surpreendente. Mas continuo ser surpreendido e, como dizia Lenine: 'aprender, aprender sempre'. Registo então -com surpresa, evidentemente- quando me escrevem, a propósito de ERP, dizendo que 'nos permita o manuseio facilitado do programa e não a gestão da empresa'. Não sei o que diga, mas ocorre-me isto: no Martim Moniz há calculadoras baratas à venda.
ainda bem que reconhece. Assim, talvez já não exista razão para o seguinte:
"[...] Dessa lista de bafejados por privilégios que são uma afronta à pobreza e deixam estupefacta qualquer pessoa, destacado, à cabeça, surge o Governador do Banco de Portugal. Qualquer coisa como 272.628 euros, ou seja, quase 3894 contos mensais, 14 meses/ano, é quanto recebe anualmente Vítor Constâncio, que se tem destacado como arauto da contenção salarial para os trabalhadores mas que recebe um vencimento que ultrapassa o do presidente da Reserva Federal dos EUA, que ganhará 146 mil euros anuais.[...]"
Contrariando aquilo que os letões costumam dizer 'que nada acontece na Letónia que mereça ser notícia', desta vez parece que tem motivo para ser capa de jornal local: o aparente meteorito acabado de se estatelar em solo letão. Isso ou outra coisa qualquer, porque aparentemente existirá alguma dúvida. Também não é todos os dias que se consegue filmar e difundir na hora o resultado do impacto sem aviso seja lá do que for. Se tivesse havido uma camera por perto quando o também provável mega calhau atingiu a remota floresta de Tungunska, na Sibéria em 1908, talvez não restassem dúvidas do que tivesse sido, isto porque a cratera nunca foi descoberta, somente oitenta milhões de árvores dizimidas. O que já é obra.
Já tem alguma rodagem mas é, sem dúvida, um interessante projecto: LiveMocha Para aprender uma língua estrangeira, nada melhor do que ter nativos para ajuda e se esses integram uma alargada comunidade virtual, disponível para dar e receber de forma gratuita, então, melhor ainda.