Quinta-feira, 28 de Maio de 2009

Levei mais tempo a chegar das Amoreiras ao Largo de Camões do que de Setúbal a Lisboa. São as obras da abóboda do aqueduto do Loreto, no Príncipe Real, são as obras dos antigos armazéns de S.Roque, são as obras do Largo Trindade Coelho, são as obras da Praça do Comércio e são outras que nem vi mas só atrapalham. Nada como mostrar serviço em períodos pré-eleitoral.
Na Rua da Misericórdia -ou Rua Larga de São Roque como era conhecida- a esmagadora maioria dos prédios são do séc.XIX, assentes alguns sobre fundações de outros que o terramoto riscou do mapa; parece existir alguma tentativa de recuperação visível, em particular daqueles mais próximos à igreja de S.Roque, o que fica sempre bem só pecando pelo tardio.
Outros há que talvez aguardem um renascer esperado ou, o polegar invertido. Como se esperasse Godot, está este aqui na foto: aparentemente desabitado e com algo que eu -acho- nunca tinha reparado: uma imagem de Virgem 'enjaulada' -entenda-se gradeada- se bem que a uma altura considerável. Talvez o propósito seja que não caia. Talvez. Mas agora que chamei a atenção, aposto que não serei o único a nunca ter reparado nela.

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publicado por LMB às 19:48 | link do post | comentar | favorito


Parece que foi ontem, quando mo trouxeram 'embalado numa redoma de acrílico' com lâmpadário como se tivesse chocado um pinto, numa clínica do Porto, faz hoje dezoito anos.
Parabéns jovem e bem-vindo ao mundo 'dos mais crescidos', também conhecido como 'mundo real' mas tu acabarás por encontrar a tua própria definição.


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Quarta-feira, 27 de Maio de 2009

Leio e incomoda-me.
Incomoda-me por aquelas que desapareceram de forma estúpida e brutal e por saber que essa brutalidade irracional continua à solta, dentro de casa. Qualquer casa.


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Terça-feira, 26 de Maio de 2009

Nada a ver. Falaram-me delas ontem, é só isso.
Mas -há um sempre um 'mas'- para quem me conhece sabe que não iria nunca resistir a uma boa compota, doce disto ou daquilo. Na realidade, o que é doce nunca amargou.
Tenho a mania dos tachos/panelas/fogão e, com excepção dos malditos bolos que nunca acerto, raras coisas me metem medo na cozinha, talvez contrarie a regra com estas aqui. (aviso já, que para os mais sensíveis, o melhor é não carregar no link).

Mas entre os blogs dedicados à mestria da cozinha a que a cultura ocidental estará seguramente mais habituada e apaladada, há pelo menos dois, que me servem de referência para, em alguns casos, puras inovações. Um é o agora açoriano Elvira's Bistrot e o outro, o catalão Beatus Ille. Ambos muitíssimo bons, com um peculiar destaque para o primeiro pelo facto da autora ter em atenção a relação de termos e expressões portuguesas vs. as brasileiras, pelo que um 'bife do lombo' é entendível em Almeirim e 'filé mignon' em qualquer vila do estado do Ceará.
Portanto, para candidatos -como eu- à sexta posição da lista de pecados capitais, segundo S.Tomás de Aquino, os locais de perdição são os citados.
Ide e engordai.


publicado por LMB às 23:22 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito


Parafraseando um curto excerto de um diálogo do filme 'Amo-te Teresa': "gosta-se e pronto!"
Fazem parte da minha mais recente aquisição, mas não estou muito preocupado em catalogá-los: ficam ali 'entalados' entre os Durutti Column, que ficam bem.

El Ten Eleven 'My only swerving'


publicado por LMB às 22:43 | link do post | comentar | favorito


Não conheço muitos 'Caeiros', tirando o Alberto que escreveu uma vez

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas
a da minha nascença e a da minha morte.

Entre uma e outra todos os dias são meus.


e o super estafeta Caeiro que comigo trabalhou durante alguns anos, só conheço outro: o Zé Caeiro.
O Zé vem do tempo dos bancos do Liceu e das aventuras de Verão por terras galegas, onde, sem carro ou qualquer outro veículo que ande por nós, se fez um dia a heróica proeza de ir a pé (sim, a pé) desde o antigo 'parque de campismo' da mata de Albergaria no Gerêz (estávamos no final dos anos 70) até Lobios, já bem para lá da fronteira de Portela do Homem, e daí até Bande. O objectivo era Ourense e Lugo, o que se conseguiu à pála de boleias e pernoitas em locais mais ou menos ermos. O regresso, foi bem pior: de novo a pé de Lobios até Albergaria e recordo-me que nunca me souberam tão bem umas não sei quantas peras bravas raquíticas. Éramos três ou quatro de volta de um farnel curto, a bem dizer.

Zé, já na altura era um desportista -por isso aquela marcha foi quase uma 'brincadeira'- daquele desporto a que nunca achei grande piada: futebol. Tinha -ele- na ideia um desses dias vir a jogar em Gijón. Não sei se chegou a acontecer, mas penso que um mestrado em História de Arte terá falado mais alto nas opções a tomar.
Foi um período cheio de emoções e aventuras -continuam vivas apenas na memória- que foi, naturalmente, arrefecendo por via do caminho profissional que tomámos a meio dos anos 80. Para trás ficaram as tardes do Rock Rendez Vous ou a música semi-alternativa dos The Motels.
Tanto eu como ele tínhamos uma extensa (mesmo muitooo extensa) galeria de LP's, entre os quais, sobrevive ainda hoje aqui na minha, agora reduzida, galeria de clássicos em vinil um dos melhores álbuns alguma vez publicados: 'The dark side of the moon'. A imagem lá de cima, é o interior desse velho LP, onde grande parte da nossa turma terá assinado, talvez, em vésperas de 'férias grandes', não me recordo. Sei que o Zé tinha um jeitaço para as letrinhas góticas (terias feito sucesso junto da Adobe com um Type1 teu, se ela existisse na altura. Digo eu.) de resto, visível aqui. Góticos à parte, vê lá Zé, se reconheces a tua assinatura na imagem.

N., a quem dediquei um post anterior e, nesta altura, já com encontro agendado, falava-me ao telefone de amigos comuns e é aqui que surge esta nova 'demanda', portanto, Zé, desta vez calhou-te a ti, caso tropeces por aqui também.
Não procuro um 'living in the past', nem protagonizar uma edição de autor tipo 'amigos de Alex' até porque não sei se o resto das pessoas estará para aí voltada.
Pergunta, então, que se pode colocar: 'se é assim, porque é que o contacto quebrou?' Pois não sei. Talvez a vida seja um imenso tabuleiro do jogo da glória. Talvez porque tenha de ser mesmo assim.

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Sábado, 23 de Maio de 2009


publicado por LMB às 17:47 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito


O 'wooot' do Skype quebrou a monotonia da pesquisa da super complexa fiscalidade brasileira onde ontem à noite estava mais uma vez embrenhado, não que isto seja a minha área de competência, mas, noblesse oblige.
À minha frente estava uma mensagem surpresa (das boas surpresas) de alguém que eu já não vejo há quase vinte e cinco anos, mais coisa menos coisa. Boa surpresa também, quando determinada pessoa teve peso e importância em determinada altura da nossa vida.

N. ter-me-á encontrado por aqui pelo que dizia. Confesso que a dúvida se instalou na minha cabeça: estaria eu perante um nome idêntico e pessoa diferente daquela que eu pensava? Talvez não. Um contratempo impediu-me de responder no imediato à mensagem e, a que enviei depois, terá ficado no limbo do Skype.
N. não respondeu ainda, por isso, este post é quase um cartaz 'Procura-se', no melhor sentido do termo.
De uma coisa eu tenho certeza: uma data (coisa estranha em mim, eu sei) e se calhar também não me fica bem dizer que o raio da data foi precisamente (N.-> com esta é que tu não contavas) 30 de Março de 1985. Esta precisão é incrível, não é? Passo a explicar: jantámos juntos e metemos o primeiro Totoloto para o respectivo primeiro sorteio, ali numa tasca da Gomes Pereira.
Haverá coisa mais romântica?


publicado por LMB às 17:26 | link do post | comentar | ver comentários (11) | favorito


Continuando a saga de 'parecidos-com-o-original-mas-nada-em-comum', este 'inovador' portátil faz parte da linha de produtos da RussianMac (ide aqui para uma leitura mais pacífica, esquecendo valores) a modos que 'clonados'. Eles -RussianMac- afirmam que a compatibilidade é total com o original. Pois sim, abelha.
Esta moda não é de agora (embora *agora* apeteça mais) porque, em '95, foi a própria Apple a lançar oficialmente um programa de clonagem para terceiras-partes seleccionadas. Recordo-me que num evento da marca em Nova Orleães fiquei espantado ao ver AWS ao lado de Umax e Power Computing, pior ainda fiquei com uma quase imposição de compra de clonados.
O objectivo, à época, de M.Spindler era o dois-em-um: [teórica] penetração massiva no mercado e aumento das receitas em Cupertino por via do licenciamento do sistema a terceiros junto com fees de cada venda. Não resultou. Até porque, a fidelização é uma coisa complicada de gerir: uma vez perdida...

Créditos: imagem russianmac.ru



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publicado por LMB às 16:46 | link do post | comentar | favorito


Olha que maçada: tanto executivo e cabecinhas pensadoras da economia mundial, todos reunidos num 'Forum Económico' em terras suiças e logo por azar a seguradora Mobiliar decide presentear 1.200 desses personagens com iPod Shuffle tipo 2ª geração e contrafeitos no sítio do costume.
Adrian, o homem que comanda a Apple lá pelos Alpes, não terá achado graça -consta que não terá nenhum 'Rolex' contrafeito no pulso- ameaçou nos formatos habituais, logo agora que ele tinha todos os motivos para estar satisfeito com o 'grand opening' de mais uma Apple Store, com um nada usual ritual de abertura, porém.
Portanto, Mobiliar, da próxima, ou encomendam na feira do Relógio, ou fazem as coisas bem feitas ou pedem o lógo a quem está habituado a fazê-lo para a marca desde sempre.
Créditos: imagem theregister.co.uk

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publicado por LMB às 15:44 | link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 22 de Maio de 2009

É assim que esta estação consegue, sobretudo à sexta-feira. Nunca gostei do 'estilo' jornalístico da MMG (para além de não gostar do próprio espaço informativo das 20h) e, sem sombra de dúvida, que os 'comentários' e 'ad-ons' que ela própria utiliza para ilustrar as peças seja no princípio ou a rematar, dão, regra geral, um toque de provocação sem sentido.
A questão interna da OA passa-me ao lado, mas parece-me que o Bastonário devolveu as 'bofetadas' em dobro e não se fez rogado face à postura da jornalista. Se alguém saíu a ganhar, foi a própria estação, seja no share, seja no YouTube ou Twitter.
Parece-me que JMJúdice tem razão quando diz que 'Marinho será um candidato presidencial em potência para a esquerda populista'.



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Não sei se ainda continuará a ser a 'maior loja do mundo', sei que já me perdi por lá. Mas no 'pós-guerra' deverá ter sido algo de impressionante para quem da Europa desembarcava em NYC.

Créditos: imagem 'Life' magazine 1948

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Peste&Sida, 1991

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Quarta-feira, 20 de Maio de 2009

Nasceu na Suiça há 52 anos e é o tipo de letra mais divulgado e esteticamente mais apreciado: legibilidade é com Helvetica.
Para assinalar o meio século, Gary Hustwit, apresentou há dois anos atrás o documentário comemorativo, o 'trailer' está aqui em baixo.
E em baixo fica também a Arial, da Microsoft, que nunca deverá ter estas honras.


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