Sábado, 31 de Janeiro de 2009
[...]The major blocking developing over the Northern Hemisphere means another round of severe cold is going to engulf Europe. The current pattern of storms, and milder weather, will break to a much colder pattern as the block backs west and arctic air comes south into Scandinavia and then spreads out. This will make this the coldest winter for Europe as a whole in years. [...]-
J.Bastardi Senior Expert Meteo- 28Jan.Ora aí vem mais uma lufada de ar frio que irá fazer de novo as delícias de patetas entrevistas dos canais televisivos nos seus noticiários, do tipo :'Então? Está muito frio não está?' ou infinitas reportagens sobre os flocos de neve que vão parar ao IP4, à A24, ao IP qualquer coisa com os seus camiões parados os quais, muitos deles, atravessam os Alpes e Pirinéus mas curiosamente só encontram dificuldade aqui, as aldeias que ficam -como se nunca tivessem ficado- isoladas por meras horas, as criancinhas que já não apanham o autocarro para ir à escola, tudo como se estívessemos a viver em pleno círculo polar ártico.
Pois bem, dentro de um par de semanas, virá aí frio de novo para a Europa, aqui, o quintal da dita, apanhará apenas os estilhaços do costume, segundo a previsão sempre certeira de quem percebe do assunto, não eu, mas o homem lá de cima a quem surrupiei o excerto que recebo por e-mail há anos. Ele (Bastardi) não é o único -e eu subscrevo- a defender uma tese contrária à de Al Gore: o 'aquecimento global' é cíclico na terra e depende em muito -não olvidando a actividade solar- de uma coisa simples a que se convencionou chamar AMO- Atlantic Multidecadal Oscillation que se relaciona directamente com a temperatura da água do Atlântico norte. Na opinião deste e de outros especialistas o fim do aquecimento das águas atlânticas estará perto do seu termo, o que induz a uma variação climática no sentido contrário àquela que tem vindo a ser defendida -muito por interesses económicos obviamente, como em tudo- e, por isso, será bom que nos habituemos, no hemisfério norte, a ver invernos mais frescos e verões mais amenos, o que, no meu caso particular -egoisticamente escrevendo- me agrada de sobremaneira.
Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009
O nosso ministro da cultura diz que 1 de Janeiro do próximo ano é o dia ideal para o despropositado 'acordo ortográfico' entar em vigor.
Algo que claramente só beneficiará o Brasil e nada mais. Por aqui, poderá o ministro ter a certeza que não vigora. De fato.
'Almadanada' foi um nome feliz para um estabelecimento comercial em Almada. Digo 'foi', porque não sei se ainda existe, como tantas outras que penso ainda existirem e já lá não estão.
Não é bem o caso da foto lá de cima: essa, eu assisti mais ou menos de perto à sucessiva metamorfose. É a praça S.João Baptista.
Mas naquele preciso local, que hoje é uma imensa pista improvisada de skate, existia o meu antigo Liceu: o D. João de Castro, que mais tarde passaria a Liceu Nacional de Almada. Complexo grande em madeira, um bocadinho melhor que 'pré-fabricado', foi palco das primeiras namoradas e de algumas 'vedetas' colegas de carteira: do carismático líder dos UHF ao actual presidente da ZON. Também se estudava, já agora.
Não tenho particular saudade. Recordo e comparo na memória guardada quando por lá passo, a Almada - e essa praça- de hoje e aquela do início dos anos 70 e pouco mais. Claro que me vem à memória essa praça (que não era bem praça ainda devido a sucessivas obras) pejada de Hércules, KTM e Honda 50 com alguns Mini 850 e Clubman à mistura para os mais abonados que ali impressionavam as meninas, para nuns escassos metros tomarem a bica no Café Central (esse ainda existe) não sem antes ver a novidade colada nas colunatas da Praça da Renovação que anunciavam a saída do LP Vol.4 dos Black Sabbath, edição importada e semi-autorizada.
Almadanada, esta.
Sugestivo, o título do que terá sido um dos últimos filme em cartaz no defunto cinema Quarteto. Triste fim de um dos melhores poisos cinematográficos da capital. Quando abriu, em 1975, como o primeiro 'multiplex' cá da lusa terra, ainda as pipocas e o sorver de 'coca-cola' estavam longe de tornar salas de cinema em imundície pegajosa.
Ingenuidade.
Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2009
Confesso que, enquanto a inútil EMEL não tomar conta do espaço ou montar a sua registadora ambulante, o renovado parque da Av.Álvaro Pais, me dá, por vezes, um jeitaço simpático. Tão renovado está que até os sinais novinhos em folha e pintados no chão dão agora um ar de originalidade. Mural, quiçá.
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009
Agora para Portugal: a IDC prevê que o mercado luso de TI possa valer 3,18 mil milhões de Euros em 2009.
Previsões: as boas, menos boas e assim-assim,
aqui.
Créditos: IDC Worldwide Quarterly PC Tracker, January 14, 2009
Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2009
Andrew Webb, da BBC, tem um artigo a que dá o título de '
My memories of the Macintosh'. Faz, o Mac, 1/4 de século esta semana ou coisa assim.
Mas a foto lá de cima, não é um Mac.
É uma outra máquina bem construída para altura, que se chamava
Amstrad PCW8512 (antes deste modelo, o 8256, só com 1 drive de disquettes de
3'' também era válido e antes ainda, a série CPC 464, 664 e 6128) e dela guardo saudosas memórias -provavelmente
este meu caro amigo também- num tempo em que a informática era uma coisa 'muito avançada', sobretudo se instalada em Vila Nova de Tázem.
Não sei quantos equipamentos desta marca vendi, seguramente largas centenas -e sendo modesto- isolados ou em
bundle com aplicação de contabilidade em
CP/M, um autêntico sucesso em qualquer gabinete de contabilidade e então se emparelhado com uma veloz matricial
Admate, a coisa era estonteante.
Em Marinheiros (perto de Leiria) eu e
este outro amigo aqui, chegávamos normalmente depois de jantar à casa/escritório de um
TOC, ora para mais uma sessão de esclarecimento contabilístico ora para ver que estorno complicava o próximo lançamento no diário 'xpto' ora para falarmos com mais uns amigos do amigo 'mangas de alpaca' que queriam ver como tirar a alpaca e pass
ar a digital e a 'demo' seguia calmamente pelas 22/23h ou madrugada mesmo se feita
por ele ou logo pelas 21.30h se feita por mim (na verdade, tudo o que eu sabia da aplicação tinha sido ensinado por ele), mas passava rapidamente às questões técnicas e a alguns 'truques' de combinação de teclas que deixava a malta desorientada. Teve a sua piada, uma ocasião, em que a sacana da Admate prendeu um par de agulhas na fita e forçou uma impressão toda ela num
bold muito muito negro, mas a compostura não se perdeu ali e a justificação saíu de rajada como sendo um '
negrito reforçado' para ser legível... Ninguém se atreveu a comentar.
Lembro-me, já muito rodado, que uma demonstração da aplicação -excelente , há que o dizer- a conseguia fazer em 45 minutos, debitando de cor grande parte das contas do
POC, simulando enchimento da capacidade da disquette (eram necessárias 2: uma com a aplicação e outra para trabalho real, no caso de existirem dois drives de disquette), demonstrando contrapartidas, balancetes e coisas conexas que sempre odiei fora dali: a contabilidade, claro. Para a hora certa que tinha estipulado, sobravam então quinze minutos para as perguntas & respostas, mas estes, raramente eram suficientes e acontecia por vezes ter 'repetentes' na edição seguinte da
matinée ou
soirée para voltarem a ver tudo de novo, agora com novos colegas de ofício.
Esses eram os dias da informática lusa, há 1/4 de século atrás.
É sabido: Cupertino encontrou em Washington um amigo do peito. Ele, Obama, e a maioria do seu
staff, gente de bom gosto, trabalham com Mac e não com PC's Windowzzzz. Portanto, nada pior que chegar à sala oval e ao resto dos gabinetes e deparar com sistemas obsoletos, PC's ranhosos, ligações inexistentes e alheios ao mundo cibernético já que a sugurança ditava não existirem contas de e-mail para circuito exterior.
A solução criou-se logo ali:
Gmail para todos, enquanto a coisa não fica à séria.
O resto? Bom, o resto está no artigo do
Washington Post.
Créditos: imagem macplus.net
Jim Carlton, o autor do livro estampado no post anterior, era (ou talvez ainda seja) em 1997, repórter e editor do 'The Wall Street Journal'. Um ano depois, a portuguesa Executive Digest Digital, publicava uma entrevista com ele, subordinada ao extenso tema de capa 'Apple: a arrogância foi o seu pecado original...'
O excerto aqui ao lado é dessa peça e, à distância de onze anos, avalia-se agora que a vidência é atributo que não lhe confere.
Quanto ao 'pecado original', esse, por acaso, estava -e está- certo.
Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009
Ainda está à venda e não, não conta estórias de Alfragide. Cupertino, mesmo.
Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009
Sim, é mediático. E tem mesmo de ser. Afinal de contas será, a partir de hoje, o timoneiro da maior economia do mundo.
A nossa, periférica, minúscula e sem peso anda a reboque de outras e em particular desta, por isso, é obvio que a investidura do novo presidente norte-americano crie expectativa, não pelo
pantone ou pelo nome do meio ser
Hussein, mas pelo que -aparentemente- o homem representará de esperança e confiança renovada para um futuro comum, onde algumas
empresas se entretêm a fazer projecções cinzento-escuro, quando curiosamente não souberam prever coisa alguma no passado recente.
Bola p'ra frente, rapaz.
Domingo, 18 de Janeiro de 2009