É assinalável o trabalho que algumas mentes têm em encontrar pontos de encontro nas coisas mais recônditas. Este aqui, via thefirmament.org, dá conta de uma aritmética algo complexa, somente porque se calhar nunca ninguém se tinha lembrado de fazer algumas contas que batessem certo com aquilo que se pretende que bata e, outros, como o do video aqui em baixo, fazem os possíveis por desarmar velhas teorias sucessivamente adaptadas -julga-se- à conveniência de cada época. Bom, seja como for: são do tempo em que o grande Arquitecto terá criado a grande luz (sol) e a luz de presença (lua). Teodoro, olha o sonoro!
"em 32 anos de arqueologia, foi a primeira vez que andei de joelhos no chão a encontrar moedas de ouro", dizia o arqueólogo Francisco Alves, ao jornal 'Público' em meados deste mês, sobre a descoberta da quinhentista nau portuguesa junto à costa da Namíbia. 70 milhões é o valor estimado do tesouro, que inclui lingotes de ouro, mas porque Windhoek não ratificou a convenção da Unesco em 2001 sobre a protecção de património cultural subaquático, eis que todo o tesouro ficará por terras africanas. Parece que a nau acidentada não será a de Bartolomeu Dias, mas é certo que é nossa e pertenceu à era em que realmente éramos grandes. Créditos: imagem AP
Como já disse anteriormente, não há-de tardar até ver uma linha completa para cozinha 'made by Apple'; ou uma porta de forno que é simultaneamente um iMac de não sei quantas polegadas e que mostrará um widget contendo a temperatura no interior do assado e dará sugestões do melhor molho para acompanhamento ou... um frigorífico desenhado pela eslovena Gorenje e que muito provavelmente se terá tornado no primeiro fabricante -assumido- de electrodomésticos que firmou uma parceria com a Apple para introduzir a tecnologia iPod nos seus aparelhos. Na IFA, o certame alemão de electrónica de consumo, abriu um espaço integralmente orientado para electrodomésticos e onde este (bonito) frigorífico fez a sua aparição refrescante (a feira encerrou no início de Setembro) integrando a coqueluche de Cupertino e ligação ao portal iGorenje que, diz o fabricante esloveno, num futuro já amanhã, controlará -lá está- o forno, a máquina de lavar e outros por assim dizer. 'Made for iPod' não me choca nada. Isto é como o Fernando dizia "primeiro estranha-se, depois entranha-se". A convergência digital é assim mesmo, embora uns tenham mais queda para a cozinha que outros. Portanto, também não estranharei se um destes dias, ali à 5 de Outubro, vir uma acção esgalhada em 'cross promotion' com o Skip ou mesmo a Vaqueiro.
Se no topo do parque irá estar a zon-árvore-de-natal, no Terreiro do Paço, vai estar uma harpa gigante repleta de feixes laser a fazerem as vezes das tradicionais cordas. Pietro Pirelli é o convidado da 'LuzBoa' -que já devia ter actualizado o site- para a instalação na praça no próximo dia 8 de Novembro. Pietro, compositor e inventor de novos sons, tem algumas coisas estranhas, como uma harpa em pedra (mas desde que vi e ouvi um concerto de altifalantes, em Lisboa, já não digo nada). Esta, a que virá para Lisboa, será interactiva com o povinho, por certo frenético em compras de Natal na Baixa e, que dali tentará os seus dotes musicais ao desencadear a nota musical através dos feixes de laser que por sua vez são percebidos pelo sistema MIDI, que, suponho, estará na base da harpa. Tecnicamente é assim que funciona, a menos que esta seja diferente ou Jean Michel Jarre me tenha explicado mal.
Ó Rodrigo, escusavas de estar a incomodar-te com isto, pá. (mas olha: a ideia até é boa e, melhor ainda, não teres limitado a Lisboa. Rima e é verdade.) Fröhliche Weihnachten! (daqui a 60 dias)
A casa dos avós, em Lisboa, tinha sempre uma reserva considerável de água engarrafada, isto porque a minha avó nunca confiou na CAL- Companhia das Águas de Lisboa, segundo ela, desde o século XIX, para dar aquele ar de antiguidade (tinha nascido em 1891) e portanto, nada a faria mudar de ideias. Entre águas várias, o meu palato detestava a Luso, mas em contrapartida inventava sede para beber aquelas que realmente me sabiam bem: Vimeiro e Bela Vista. Em garrafões de palha entrelaçada e um rótulo quase sempre mal colado, a setubalense Bela Vista, marcava pontos. Se a do Vimeiro ainda existe, o mesmo já não acontece com a Bela Vista. Sendo certo que a quinta em Setúbal está parcialmente ocupada pela cadeia de 'discount' Lidl -só lhes ficaria bem um acto magnânimo de intervenção- , a torre que sempre foi o ícone do rótulo da água, essa está -aparentemente- bem conservada; quanto às nascentes, o caso já não é assim. Acabado o engarrafamento desde os primeiros anos da década de '70, hoje, a quinta da Bela Vista, tem essencialmente a vista que o nome justamente lhe confere, se bem que a urbanização que por ali foi plantada há uns anos, não seja exactamente conhecida pelos melhores motivos. Águas passadas, de facto. O que é pena, porque se trata(va) de uma das melhores águas de mesa deste país.
O marketing político, nos EUA, é uma fonte inesgotável de criatividade a julgar pela mais recente investida de comunicação paga utilizada pelos Democratas ao decorar a lateral do autocarro que serviria de transporte, justamente ao candidato Republicano McCain, mas puxando toda a brasa ao candidato Obama. Isso, ou uma distracção estratégica.
Para mim, o vermuth por excelência chama-se 'CinZano' e não o outro, mais mediático nas últimas décadas à pala do shaken not stirred. Quando Giovanni e Carlo Cinzano iniciaram esta aventura, em 1757, estavam muito longe de imaginar as voltas que o seu produto daria no futuro e, certamente, também nunca teriam imaginado que a marca conseguisse celebrar 250 anos.
A 'Cinzano' criou uma página web para assinalar esta comemoração com o cronograma relevante e curiosidades como, para aqueles que não sabem mas utilizam, a expressão aportuguesada 'tchin-tchin' no toque de copos para celebrar qualquer coisa importante, foi na realidade um jingle de sucesso da Rita Pavone para a marca: "Cin cin Cinzoda/una voglia da morir..."
Max Keiser on the Paris Summit: "This is a global war between savers and speculators. Henry Paulson, the US treasury secretary, who is a chief speculator, now wants to peddle hundreds of billions of dollars worth of US treasury bonds to Europe. I think the German leaders and the German people don't want them stinking up their banking system because they've already caused massive global banking failures."
Um tipo sai cedo para ir perder umas horas na inspecção da viatura (e ajudar estas empresas a cumprir as quotas) e prepara-se para dar à chave e descobre que não há vivalma eléctrica. Nada. Escuro com breu. Um tipo abre o capot e descobre que a bateria 'adormeceu'; arma-se em mecânico -sem abanar a cabecinha em sinal de grande desgraça como só eles sabem fazer-, saca das chaves de fendas mais as outras de nome estranho e tenta tirar muitos quilos das entranhas escancaradas. Perde-se um parafuso pelo meio, mas também não será importante. Pega naquele trambolho e vem com ela para o 'soro da vida'. Um tipo deixa aquilo em carga lenta durante a noite, mais a manhã e parte da tarde (esta tarde) e sai mais cedo para montar aquela coisa e retomar o ponto de partida da véspera. Um tipo descobre que afinal faltou a luz durante o dia. A coisa está meio viva-meio morta ainda. Amanhã é outro dia. Ainda bem que tenho uma administração compreensiva.