Não quer dizer que o patrão de Infinite Loop 1 tenha vindo inspirar-se no anúncio da PYE auto rádio para rematar as suas keynote, mas é curioso a associação invertida. PYE foi o televisor lá de casa no final dos anos 50 e parte da década seguinte. Trabalhava muitas vezes à estalada para fixar a imagem que teimava em não parar de amaranhar por aquele ecrã: ainda o farto penteado da Isabel Wolmar não tinha desparecido lá em cima e já surgia cá em baixo separado por uma fina lista negra horizontal. Outras, a palmada também servia de 'ignição' para aquecer as válvulas e arrancar com a emissão (curta) do dia, ou melhor, do fim da tarde.
Nunca conheci outro 'doméstico' desta britânica marca, que não fosse o televisorzinho em caixa de nogueira envernizada e com logotipo de fundo vermelho e letras quase brancas, e, como um tipo está sempre a aprender, vejo agora que também havia auto rádios. Aqui a estalada seria mais difícil.
Por razões profissionais, estou hoje mais atento às questões das 'renováveis' do que estava há um par de anos atrás. E no manusear de tanta informação, eis que deparo com um número da 'Modern Mechanix' de 1934 -depósito de ideias geniais para mais tarde- onde a capa é um protótipo de um misto de dirigível/porta-aviões movido a energia solar.
O interior, mostra no artigo, as possíveis aplicações incluíndo as menos sofisticadas para uma habitação. 'When this can be done...' é o remate das últimas linhas do texto.
99 anos separam as duas fotos lá em cima. Louis Blériot, em 1909, levou quase três quartos de hora a atravessar na sua máquina voadora o canal da Mancha; Yves Rossy, hoje, nem quinze minutos demorou equipado com motores a jacto, como quem leva uma mochila xl às costas, a quase 300Km/h. Um feito prodigioso que deverá dar uma brutal sensação de falcão turbinado. Noventa e nove anos não é nada em termos de grandiosidade do tempo; há ainda muita gente viva que, quem sabe, até terá lido as notícias de Blériot na imprensa da época, mais não fosse, para saber quem tinha ganho as 1.000 libras esterlinas que o Daily Mail oferecia pelas aventuras aéreas.
O que há de interessante na era do 'glam rock' é o facto de nos ter presenteado com alguns especímenes curiosos: Gary Glitter (daqui a pouco) é o mais vistoso; o defunto Marc Bolan um dos mais discretos e, na minha opinião, dos melhores. Bolan & T Rex ainda hoje se ouvem sem nenhuma ferrugem temporal. Life's a gas, como ele diz. Agora, o que faz aqui o camarada Conny Bloom na sua harpa emprestada para os bem esgalhados filmes publicitários da Jameson? Simples: os acordes são de Bolan no seu '2oth century boy'. Escutai, portanto:
Acho que desde a 'cadeira' liceal de OPAN (Organização Política e Administrativa da Nação) que não lia nada sobre o INTP-Instituto Nacional do Trabalho e Previdência. Calhou hoje. Basicamente desde 1916 que existia uma espécie de 'preocupação social', discreta, mas a tentar apanhar o modernismo internacional da época em países um pouco menos rural. As linhas orientadoras, em época natalícia, para a indústria, comércio e serviços, publicadas pelo INTP em nota oficiosa no 'Comércio de Chaves' de 26/12/46, um nadinha desfazada face às datas iniciais a que diz respeito, fazem hoje sorrir. Se por um lado, hoje, dificilmente uma loja de brinquedos (raras) estaria aberta até às 00h da noite de Consoada, por outro, um talho aberto até às 12h no dia de Natal é outra ocorrência que não se registará com facilidade. Coisas do tempo que passa. E, somente como nota de rodapé, o fóssil INTP deu lugar a outros organismos ao longo das décadas seguintes até 'desaguar' no actual MTSS; curiosamente a expressão 'Segurança Social' surge em Novembro de 1973, pelo Ministério das Corporações e Segurança Social, em jeito de premonição.
'The number who picked Apple hit an all-time high for both laptops (34%; up 2 points) and desktops (30%; up 3 points). That’s a marked increase from the roughly 18% who said they planned to buy a Mac two years ago and the 28% who said they planned to buy an Apple laptop (or 23% who planned to buy a desktop Mac) in August 2007'.- ChangeWave Research
Quando esta semana, um dos membros da Administração de um grande 'dealer' Apple no país me contava as razões do recente abandono do negócio da marca após tantos anos de actividade e depois de ter contribuído com uma importantíssima parte para o seu desenvolvimento no mercado profissional e de consumo, ambos sabíamos, desde há uns anos a esta parte, que mais cedo do que tarde este seria o desfecho. Seria apenas uma questão de tempo vs. atitude de terceiros. Como a última não terá mudado, antes, refinou, venceu o tempo. O mercado não ganha no imediato com a sua ausência, contrariamente aquilo que alguns poderão preconizar, a distribuição destas 'fatias' são sempre melindrosas. Diz o ditado que 'quem vai à guerra, dá e leva', aqui, claramente deu.
'Planned purchases of Dell notebooks (28%) was up 3 points since July and laptops (also 28%) was down 4 points. Hewlett-Packard was down across the board: plans to buy HP laptops (20%) was down 4 points since July and desktops (17%) was down 3 points.' - ChangeWave Research
O meu palato gourmet leva-me a estas coisas. Não caíram dentro de nenhum tinteiro Parker, do tipo daqueles de porcelana nas carteiras de escola que ainda apanhei na primária; são mesmo azuis. E são batatas peruanas. É um snack e a cor azul deve-se à presença natural de antocianinas, pigmentos vegetais azuis (sic). Muito menos salgadas que as tradicionais e completamente secas de gordura. Em suma: estranhas, mas boas.
Esta semana, para assinalar os cem anos de vida, a General Motors mostrou que está aí para as curvas, ao apresentar o Chevrolet Volt que, tudo indica estará no mercado dentro de dois anos a começar num valor estimado -para já- à volta dos $30K, o que não é desajustado atendendo que, segundo a GM, o consumo do Volt, é inferior a um frigorífico na conta anual de electricidade. Alimenta-se a partir de uma tomada normal de electricidade - qual telemóvel- é assistido por um pequeno motor a gasolina que garante a continuidade da operacionalidade das baterias de litium, quando estas chegam à clássica 'reserva'. Não sei se as actuais bombas de gasolina irão dispor de uma gigante calha técnica com várias tomadas, ou, se um novo negócio irá florescer visando o novo abastecimento. É o mais provável. Uma coisa é certa: não é um carro feio. E se a isto se juntasse a electrónica transparente da nossa Elvira, a simpática e simples Cientista da UNova, então o mercado teria, provavelmente, o veículo perfeito. Aguardemos.
Joaquín Taboada. Qualquer outra coincidência é mera semelhança ou vice versa. Bom, continuando: há algum tempo que vou coleccionando temas de Taboada (música, entenda-se) e foi com surpresa -não devia ser, mas pronto- que o encontrei no depósito de videos do costume. Não é músico de circuito comercial; é um homem das teclas (as brancas e pretas), compositor e professor, nado aqui no país ao lado. Tem peças magníficas. Aqui em cima, no video, está uma adaptação de Johann Pachelbel originalmente escrita para cravo: Canon in D. Em alternativa, há também a mesma peça -adaptada mas bem conseguida- numa versão amadora de um ilustre anónimo, para guitarra, aqui.
</div>Era raro perder um episódio de Larry David - 'Curb your enthusiasm'- e espero que a RTP2 tenha passado o cheque para novos episódios, agora para o tempo das castanhas.