Quinta-feira, 31 de Maio de 2007

Há um cliché que diz "quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos bichos". Se não é assim, é parecido. E eu, só gosto de alguns bichos, a bem dizer, de quatro ou duas patas.
Também toda a gente está fartinha de saber que quando se precisa de alguém, raramente estes se encontram disponíveis, excepto, claro, se houver alguma contra-partida para essa tal ajuda. A genuídade toca, assim, a via da quase-extinção.

Isto, naturalmente, abrange questões particulares e/ou profissionais. Se na primeira já é mau, na segunda, é o mau da primeira em 'bundle' com a imbecilidade pseudo-empresarial-super-atarefada. Se um tipo telefona e não é atendido, naqueles telefones que andam no bolso, por norma fica lá o númerozito. Devolução da chamada perdida é coisa que muito boa gente desconhece que deverá ser feita, mais não seja por uma questão -cada vez mais rara- de educação. Ou então, quatro dias depois: "Eh pá! Tu ligaste para mim? Desculpa lá".

A tendência para a não resposta atempada a um e-mail é outra das 'virtudes' de um lote muito alargado destes nossos lusitanos, sejam eles amigos, conhecidos, assim-assim ou empresas também, naturalmente (algumas empresas ainda são constituídas por pessoas). "Oh pá. Desculpa lá mas eu não vi o teu mail. São centeeeenas que eu recebo por dia, tu sabes como é... Será que podes reenviar?" O 'reenvio' que às vezes me apetece efectuar daria, certamente, lugar a consulta de ortodôncia.

Na fauna humana, com agitada proactividade busy-busy (convém sempre dar este aspecto para terceiros) também existem aqueles que não conseguem comparecer a um encontro agendado: ou porque a agenda é de tal modo insuflável e omnipresente que permite abarcar três almoços à mesma hora e em locais distintos, até àquele que por não conseguir estar presente em coisa alguma ainda diz "isto até parece estar enguiçado".

Sobretudo ao longo de 25 anos de actividade profissional, acho que já vi quase tudo (faltam 18 para me reformar), mas é óbvio que ainda vou ficar surpreendido. Por outro lado, outros, ficarão ainda mais surpreendidos comigo. A minha paciência é como os pacotes de leite: tem prazo de validade no topo.


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Quarta-feira, 30 de Maio de 2007

1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura. [...]

Artº 37º da Constituição Portuguesa "Liberdade de expressão e informação"


Créditos imagem: citizenarcane.com



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...manter clientes. Pelo menos satisfeitos.
Volume & qualidade de nível superior difícilmente conseguem andar de mãos dadas. A odisseia de um utilizador contada aqui.


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Domingo, 27 de Maio de 2007





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Sábado, 26 de Maio de 2007

Tem 'TPC's' para fazer senhor futuro Presidente da CML.
Antes e depois da "war zone", separadas temporalmente, por menos de trinta anos.

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[...]A urbanização da Quinta de Santa Catarina efectua-se na época áurea dos Descobrimentos, num contexto de um amplo programa de renovação urbana patrocinado pelo rei D.Manuel I, dentro e fora dos muros da cidade. A quinta situava-se junto às Portas de Santa Catarina(actual Largo das Duas Igrejas), de onde saía, perpendicularmente à cerca fernandina, o principal caminho da cidade para o termo ocidental, a estrada de Santo ou da Horta Navia (actual eixo formado pela Rua do Loreto, Calhariz e Calçada do Combro), que separava duas herdades de grandes dimenções, ambas propriadade do físico e astrónomo da corte Ghedália Palaçano.[...] É pela herdade sul, conhecida por Quinta da Boavista, que loteamento se inicia, ainda nos finais do séc.XV. A partir de 1513 prossegue para a Quinta de Santa Catarina que se prolongava a norte da Estrada de Santo até ao sítio dos Moinhos de Vento. A família dos Andrades teve um papel central no processo de urbanização destas duas quintas, tanto que inicialmente o novo bairro era conhecido por Vila Nova de Andrade. Com a instalação dos padres da Companhia de Jesus, a partir de 1553, na Igreja de S.Roque, os quarteirões a norte da Estrada de Santos passaram a ser conhecidos por Bairro Alto de S.Roque. Dinamizadores de nova fase de urbanização, os jesuítas atraem para o bairro uma população fidalga.[...] As histórias que o Bairro Alto encerra são múltiplas. De entre muitas facetas passíveis de destaque, salienta-se uma, quinhentos anos após o seu nascimento:o carácter inovador do seu urbanismo renascentista. A urbanização foi efectuada de acordo com um plano orientador, em lotes de medidas proporcionais e todos os edifícios, conventos e palácios incluídos, eram obrigados a alinhar as suas fachadas pela via pública, para onde as janelas de sacada podiam apenas sobressair dois palmos. Tanto a composição arquitectónica como a malha urbana ortogonal, de largas ruas principais perpendiculares ao rio e cortadas por travessas, obedeciam a normas emanadas pelo poder central segundo princípios de racionalidade, arejamento e exposição solar.[...] fonte: CML

Pois bem, à parte das linhas orientadoras que estiveram na génese da edificação, de resto, muito próximas, àquilo que hoje constatamos no actual Bairro Alto lisboeta, a desagradável surpresa vem com contornos de 'actualidade importada'. É um cenário nojento o que se encontra num dos mais famosos -por diversas razões que não esta- bairros da capital. É absolutamente irracional as séries infindáveis de pseudo graffitis, tags e outras 'assinaturas' estranhas que percorrem paredes, janelas, portas e tudo o mais que estiver ao alcance da lata de spray, por ruas inteiras. Nem edifícios em recuperação escapam.
Há anos que não percorria a pé (e não sou um entusiasta por aí além) as várias ruas do dito bairro; fi-lo hoje de manhã depois de umas bicas na Brasileira do Chiado e pastéis de nata gelados (ahh, fama!) e, apesar de ter conhecimento que não iria encontrar paredes alvas e ruas imaculadas, não me passava pela cabeça o cenário degradante que iria deparar naquele labirinto de ruas.


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Quarta-feira, 23 de Maio de 2007

Nunca tive grande entusiasmo por estas viaturas italianas, não obstante uma gentil empresa me ter depositado um Bravo ou Brava (nunca sei qual deles é) nas mãos, tipo mail-order, um par de anos antes do final do século passado. Raras eram as vezes, onde numa deslocação mais longa, alguma anomalia não acontecia, o que só contribuía para aprofundar o meu desencanto. Bastante mais recuado no tempo, ainda me passou pelas mãos um "clássico": Fiat 600, fruto de um episódio sui generis que envolveu a troca desse dito clássico por uns poucos Zx Spectrum. Chavitas diminutas, bancos tipo cobrador de autocarro anos 60, volante creme e um peso&tamanho pluma, mas conseguia fazer umas rápidas deslocações entre as duas margens do Tejo e ainda estacionar na Av. da República sem grande problema.
Hoje, reparei que a Fiat vai reeditar uma versão avant-garde do famoso Fiat 500 e, por isso, recordei-me das aventuras e apeanços proporcionados pelo seu 'primo' 600.
Na realidade, este novo Fiat até dá vontade de ter de tão patusco que é. Oxalá seja da mesma fibra que os seus antecessores da mesma gama. Oxalá.

PS: eu só publiquei uma fotozinha, mas aqui, há uma verdadeira paixão pelo F500.

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Sábado, 19 de Maio de 2007

Não tenho olaria, mas às tantas, devia ter. O que eu tenho é uma ternura por este meu primeiro livro da Escola e que foi estreado poucas semanas após a inauguração da ponte sobre o Tejo. Dito assim, não parece tão antigo...

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publicado por LMB às 16:50 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito


Há uns dias perguntava-me um amigo meu porque é que Apple ou o seu actual representante em Portugal já não produzia merchandising como dantes ou, então, onde diabo é que se podia comprar. Esta conversa tinha vindo na sequência de uma foto que ele me mostrava de uma colecção de t-shirts originais produzidas pela D&M (PA: recordado?...) há uns bons anos atrás. À primeira questão e, uma vez que o processo me era familiar, acabei por elucidá-lo até determinada altura, temporalmente falando; razões adjacentes à não produção actualmente, essas desconheço. Mas, Vasques, como te prometi o link, tens sempre hipótese de comprares o que quer que seja na antiga Mariani Avenue (actual Infinite Loop) em Cupertino, na loja montada para o efeito.
É capaz é de sair caro.


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Pátios e vilas, existem ainda centenas deles por essa Lisboa antiga; só na freguesia de Campolide, por exemplo, são mais de 150. A zona da Graça é outro local por excelência forte nestes precursores 'condomínios privados' de origem operária, alguns com honras de postal ilustrado, outros nem tanto e por isso mais discretos mas não menos bonitos.
Calhou em convite, cruzar os grossos portões de um destes centenários pátios ali ao Vale de Sto.António uma destas noites e foi uma agradável surpresa deparar com autênticas 'casas de bonecas', reconstruídas na sua maior parte -sabe-se lá com que sacrífício em alguns casos- mas todas elas cuidadas.
Foi como entrar num cenário de Cottinelli Telmo.


publicado por LMB às 14:23 | link do post | comentar | favorito



porque eles, de facto, não sabem o que dizem.

Créditos: daqui


publicado por LMB às 12:50 | link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 17 de Maio de 2007

"Eh pá, mas a fenda que tens aí no radiador é grande ou é fininha?"
"Fininha e pouco comprida", respondi eu ao mêcanico. "Então não te preocupes. Põe pimenta nisso e já podes continuar a rodar!"
"Pimenta??"
"Sim. Pimenta ou café. Mas a pimenta resulta melhor. Mete meio pacote no reservatório com ele quente e a trabalhar".

Nem perguntei se seria melhor pimenta preta ou branca. Deixou, de facto, de verter. Sempre quero ver o que tapou a mais...


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Sábado, 12 de Maio de 2007

Não, não é nativo; sim, corre naquele outro sistema, sim utiliza base de dados diferente da tradicional e sim, é um ERP passível de instalar num qualquer Mac Intel.
22.000 utilizadores justificam que uma solução destas -ArtSOFT- esteja do lado de lá da trincheira, mas, na realidade, só fica agora, do "lado de lá" quem quer ou quem ande distraído.

E já agora: do pasto para o prato. Sabemos o que comemos, ou não? Há um processo com um nome algo comprido a que se convencionou chamar de rastreabilidade. Também existe um certame, dedicado ao processo alimentar: Alimentaria Lisboa, na FIL. A GS1 Portugal Codipor e a TI-Tecnologia Informática SA, vão demonstrar como o ArtSOFT segue o rasto da vaca até ao steak au poivre.


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Há quanto tempo terá sido feita esta foto, eu não sei exactamente. Sei é que no centro da imagem está uma recente aniversariante e um moderador de uma tal mailing list poderosa. Got it? :)

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publicado por LMB às 17:09 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito


Este, e mais outros dois, rodaram praticamente durante um ano -entre '95 e '96- pelas ruas da capital e da "outra banda" também. Tempos em que o Walkman da última geração ainda dominava e o iPod não passava de um esquisso numa folha de Cupertino. Era preciso fazer circular -literalmente- a mensagem que a maçã não se iria descascar no fio da navalha de Gil Amelio.
Um pouco mais recuado no tempo, também houve um eléctrico lisboeta que não se chamava somente desejo, mas Apple.

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publicado por LMB às 16:30 | link do post | comentar | favorito

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