Terça-feira, 25 de Abril de 2006
Sabe bem ver aquelas paredes brancas com rebordo a azul tremendamente imaculadas, livres da "expressão artística urbana import-export", vulgo "grafitti" de riscos e caracteres extra-galáxia.
É a primeira romaria da zona: 22 & 23 de cada Abril. De tão pequena que é, raros são aqueles que dão conta. Mais pequeno ainda o local: a capela de S.Luís da Serra. Mais de 330 anos bem vividos e melhor conservados, lá estão no topo de tudo. O santo, esse, pelo que o povo conta, continua a proteger o gado; uma infinidade de ex-votos atesta precisamente isso e rara é a forma humana.
É bom saber que o meu homónimo está mesmo aqui ao lado. Nunca se sabe.
Faz hoje 32 anos que me safei da aula de Latim ao primeiro tempo, logo pela fresquinha.
Depois, percebi porquê. Depois ainda, explicaram-me mais e melhor. E foi bom entender.
Hoje, constato que muitos da geração "baby boomer", não entenderam. É pena.
"25 quê? Ah... o feriado. E faz ponte?..."
A liberdade está (ainda) a passar por aqui?
Segunda-feira, 24 de Abril de 2006
Há poucos anos atrás, passou-me pela cabeça contratar um dos melhores -senão mesmo O melhor- desenhador especialista em anamorfose, aquelas imagens tão tridimensionalmente reais que até nos desviamos delas. Julian Beever é o artista. O pavimento ou um mural é o espaço de eleição. A obra e o poder de captação é assustadoramente enorme.
Por outro lado, uma visão tremendamente míope de alguns na altura, ditou que Julian ficasse com outros pavimentos europeus, não a lusa calçada. Hélas.
Hoje, recebi um email anunciando as novas obras.
Cool, Beever!
Sábado, 22 de Abril de 2006
Se há flash noticioso que me tece arrepios, ele chama-se "tvi negócios". Arrepios, de duas formas: uma porque, raramente, emite boas notícias; a outra, porque não raras vezes, pouco ou nada se relaciona com "negócios".
Com um patrocínio de uma entidade bancária, seria legítimo pensar que traria informação sobre o aspecto positivo dos negócios que neste país ainda vão acontecendo, fossem eles dos grandes grupos instalados ou por instalar, fossem de empreendedores arrojados ou conservadores, mas, que fosse notícia de
negócio.
O que se assiste maioritariamente, em parcos segundos, é um quase RSS do menos bom que por aqui acontece: ou a reforma subiu para uma outra idade, ou as rendas de casa alteram não tarda nada, ou isto ou aquilo que, de certa forma, estará relacionado com a economia, mas que não traduz o propósito da "sponsorização" e muito menos dá a lufada de ar fresco empresarial que até poderia passar, em segundos que fosse.
Nope! Não patrocinaria nunca um flash do "coitadinho".
- negócio
- do Lat. negotiu
- s. m.,
- comércio;
- transacção mercantil;
- empresa;
- contrato;
- qualquer assunto que envolve lucro ou interesse;
Segunda-feira, 10 de Abril de 2006
Sábado, 8 de Abril de 2006
Há momentos tão criativos que são irrepetíveis na maioria dos casos. Este anúncio a uma firma funerária é absolutamente genial!
De resto, até me atreveria a recomendar alguns potenciais clientes...
Créditos
funnypart.com
Sexta-feira, 7 de Abril de 2006
A técnica, de facto, não é muito inovadora. "Voicevertising" a bem dizer, já as nossas lusas varinas faziam até há bem pouco tempo atrás pelas ruas da capital e outras que tal. A época era outra, sem sombra de dúvida, a internet e o computador seria algo estranho saído de algum esquiço de Jules Verne, o eBay talvez um porto de abrigo nas 20.000 léguas submarinas. Enfim, tudo, na altura muito distante.
Vem isto a propósito de uma publicação internacional que hoje recebi e de uma matéria sobre a originalidade do marketing, conta-se rápido:
O jovem Floyd Hayes, indígena de Brooklyn, NY, decidiu colocar no eBay os seus serviços que designou por "voicevertising", o qual se dispunha a gritar todos os quinze minutos e durante uma semana, não importa onde (bares, casamentos, elevadores, congressos, etc, etc e muito) o nome/produto do anunciante. A coisa pegou. A Halls® fruit breezers (daqueles rebuçados fortes e frios) fechou o leilão. Afinal, que melhor meio poderiam arranjar do que uma garganta fresca? Floyd agradece.
Quinta-feira, 6 de Abril de 2006
Realmente devo ser um privilegiado: Michael Spindler, Gil Amelio e Steve Jobs passaram por este tão portuga aperto-de-mão deste não menos portuga bloguista, em épocas diferentes da "million dollar baby factory" de Cupertino. Só nunca me cruzei com o tio Gates. Mas tenho a estranha sensação que isso ainda vai acontecer.
Boot Camp é o pontapé de saída para muita coisa, teoricamente diferente, daqui para a frente no universo Apple, que, deixa de ser aquele reduto de uma imeeeeeensa minoria.
Bute aí Jobs.
G é um caso de sucesso. É, de facto, aquilo que se poderia apelidar de Z-man, Self-made ou Action Man; pessoalmente, creio que é de acção que ele é feito.
A história (mais estória do que) quase que podia começar assim:
"Era uma vez, três estarolas que...", no entanto, nada de conto para-criancinha-adormecer existe nesta aventura que começou há quase vinte anos. Entre mudanças várias ao longo destes 228 meses, o certo é que G conseguiu consolidar um projecto e a coisa aí está para continuar e durar.
É adjectivamente feliz por saber que tem construído uma das mais prestigiadas fazedoras de aplicações de gestão empresarial deste luso quintal.
Como dizia "o outro": ["...perde-se nas brumas do tempo..."] o próprio tempo em que até do banco de um velho Simca saíam tiros certeiros para um mercado ainda debutante nas lides informáticas e a anos-luz de pensar que um dia a Star Trek cibernética seria uma realidade.
G não é imune ao passar dos anos, mas só geneticamente; o vernacular portuga está sempre presente para ilustrar melhor os temas, a ebulição é mais rápida que o vulcão dos Capelinhos, mas é esta fibra -óptica- que o define. Já ninguém leva a mal.
Tem a fantástica sorte por ter a C como contra-ponto, desde sempre.
G continua com o seu clássico problema: a dificuldade de delegar. G não é o centro do mundo, mas poderão alguns de gostar que assim seja. C'est la vie.