Domingo, 14 de Março de 2010
'O ministro das Finanças anunciou hoje a possibilidade de o PEC cortar nos subsídios de desemprego com o objectivo de estimular o regresso à vida activa.' diz na TSF.
Mas qual vida activa se a vida está e continua inactiva para mais de meio milhão (os que constam na estatística, fora os outros) ? E que 'proactividade' será essa a que o ministro se refere? Acaso haverá quinhentos mil indolentes, acomodados à situação e alegres por dependerem de uma 'mesada' a prazo? Certamente que não. Simplesmente não existem alternativas suficientes neste pedaço de mercado, por muito que um tipo seja 'proactivo'. Vamos então importar o modelo americano, na base do 'tudo o que vem da américa é bom'? Viu-se. Provavelmente iremos, antes, assitir a uma onda de emigração, do tipo de há três/quatro décadas. Para onde, será o problema adicional. Um tipo com quarenta/cinquenta anos não é 'proactivo'? É. E reactivo também. E também tem memória; memória para se lembrar que por menos, em vários pontos deste mundo, já se fizeram revoluções. E não foram de flores.
A azia é geral, o desencanto é universal. É o risco.
De pouco serve parafrasear Edwards Deming: 'todos os modelos estão errados, alguns são úteis.', porque, na verdade, já lá não vamos com 'modelagem'.
Créditos: imagem tsf.pt
Olá, estou a estudar Português e eu aconteceram em seu blog que bom!
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